
O aumento do tempo de ecrã está a levar ao incremento dos comportamentos compensatórios para prevenir o aumento de peso, como por exemplo o exercício físico compulsivo, a ingestão alimentar compulsiva e dois anos depois, ao sofrimento das consequências da compulsão alimentar. Esta correlação surge estabelecida num estudo que reuniu dados de mais de dez mil crianças, entre os 9 e os 14 anos.
Segundo a investigação Eating and Weight Disorders (Distúrbios alimentares e de peso, em tradução literal) em setembro de 2024, por cada hora de ecrã, maior o medo de aumento de peso e autoestima ligada ao peso, e tudo a acontecer no início da adolescência.
Se a autoestima sai posta em causa, o risco para incorrer e ser vítima de crime também dispara, e de que é exemplo o cyberbullying. Este também entra na equação como fator desencadeador de receios de aumento de peso, angústia e compulsai alimentar nas vítimas.
A correlação íntima entre as redes sociais e os distúrbios alimentares deve-se a múltiplas fatores e que vão desde comparações, exposição a ideais corporais impossíveis e a repetição constante de comportamentos compulsivos. Se por um lado, os investigadores pedem à comunidade médica que vigiem horas de consumo e exposição de ecrãs e a redes sociais, por outro solicitam aos pais que adicionem contas e promovam conteúdos que tragam diversidade de corpos, que removam os ecrãs às horas das refeições e que estejam atentos a sinais como obsessão pelo peso, aparência, alimentação ou exercício, manifestados de forma diária e com exagero.