Sheryl Sandberg explica por que as mulheres devem apoiar-se

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Um pouco por todo o mundo existe o mito de que as mulheres tendem a ser maldosas umas para as outras, principalmente em ambiente profissional, alimentando conflitos e rivalidades, ao contrário do que acontece entre os homens. A COO do Facebook e empresária norte-americana Sheryl Sandberg tem vindo a incentivar o sexo feminino a lutar contra esta ideia preconcebida, garantindo que as mulheres podem ter muito mais vantagens se optarem por se apoiar mutuamente.

Baseando-se num estudo realizado pela agência de classificação de risco Standard & Poors a 1500 empresas, Sheryl Sandberg sublinha que no que toca a negócios e cargos governativos já se notam algumas mudanças, com as mulheres a criarem mais oportunidades para outras mulheres do que para os homens.


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“Quando as mulheres chegam a estes cargos, há uma probabilidade maior de outras mulheres subirem a cargos executivos. Vemos um padrão semelhante na política: na América Latina, entre 1999 e 2013, 24% dos cargos para presidente e ministro têm sido ocupados por mulheres”, explicou Sheryl Sandberg num artigo de opinião no site The New York Times.

No entanto, a ideia de que as mulheres tendem a ser menos tolerantes para outros elementos do sexo feminino tem uma explicação. “É uma forma natural de reagir à discriminação quando pertencemos a um grupo não dominante. Ao temerem que o seu grupo não seja valorizado, alguns membros acabam por distanciar-se da própria espécie”, afirmou Sandberg.

Elas são adversárias e as melhores amigas
No seu artigo de opinião, a COO do Facebook recorda um caso que vem contrariar o mito: a amizade entre Marit Bjorgen e Therese Johaug, duas norueguesas que conjugam o facto de lutarem pelo lugar de melhor praticante de esqui cross-country do mundo com uma amizade inabalável.

Apesar da competitividade que sempre existiu entre as duas, as atletas não podiam ter lidado melhor com a situação: canalizaram toda a rivalidade para se tornaram melhores atletas.

“Ela deu-me uma incrível quantidade de confiança. E por ela ter feito isso, eu tornei-me na esquiadora de cross-country que sou hoje”, explicou Therese Johaug na altura.