#EleNão: De Madonna a Anitta, mulheres dizem não a Bolsonaro

Começou nas redes sociais sob a forma de hashtag #EleNão – acompanhada por vezes da hasthag #EleNunca – e prepara-se para ganhar a forma de manifestação nas ruas, com vários protestos convocados para as principais cidades do Brasil, às quais se juntam outras Portuguesas. Falamos dos protestos das mulheres contra o candidato de extrema-direita à Presidência do Brasil, Jair Bolsonaro.

A mobilização, que se denomina apartidária e espontânea, começou dentro um grupo de mulheres na rede social Facebook, contra o “machismo, misoginia e preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores”, mas rapidamente ganhou amplitude, com o apoio de várias figuras públicas brasileiras, como cantoras e atrizes, que se vão nomeando umas às outras para gravarem vídeos dizendo por que são contra Bolsonaro e incentivando as demais a juntarem-se às manifestações.

A corrente espalhou-se rapidamente e chegou a celebridades internacionais como Madonna ou Cat Power, que publicaram no seu Instagram o seu apoio ao movimento

Movimentos de mulheres e movimentos ligados à defesa de minorias e dos direitos humanos prepararam dezenas de protestos para o próximo sábado, contra o candidato Jair Bolsonaro, que lidera as sondagens nas intenções de voto para as presidenciais do Brasil.

A mobilização, que se designa ds apartidária e espontânea, começou num grupo de mulheres que criou uma página no Facebook, contra o “machismo, misoginia e preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores”.

Segundo avança a Agência Lusa, na manifestação deste sábado são esperadas, em São Paulo, a maior cidade do Brasil, milhares de mulheres vestindo camisolas roxas, a cor dos movimentos feministas e que é também símbolo da mobilização contra Bolsonaro. O protesto, que já conta com 68 mil confirmações nas redes sociais, pretende mobilizar 210 mil pessoas na zona oeste da cidade.

Também estão marcados protestos para o Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador da Baía.

Fora do Brasil, também são esperadas ações contra a candidatura de Bolsonaro, com destaque para Portugal, que no último ano tem assistido a um aumento da emigração brasileira devido à instabilidade no país. Estão marcadas concentrações nas principais cidades do país: no Porto, na Praça dos Leões, às 15h, em Lisboa, na Praça Luis de Camões, às 16h, em Coimbra, na Praça 8 de Maio, às 16h.

Esta semana, várias deputadas portuguesas mostraram o seu apoio ao movimento de mulheres contra o candidato (veja, na galeria, em cima, as figuras públicas que dizem #EleNão)

Jair Bolsonaro, de 63 anos, lidera as sondagens presidenciais do Brasil, com 28% das intenções de voto. O candidato, foi alvo de um atentado no dia 06 de setembro, ao ser atacado com uma faca de cozinha durante um ato político, não tem, no entanto, colhido a simpatia do eleitorado feminino. A rejeição entre as mulheres é de 49%.

Idolatrado por seus partidários, o candidato de extrema-direita é alvo de críticas de mulheres e ativistas defensores dos direitos humanos por seus excessos machistas, racistas e homofóbicos.

Bolsonaro também é criticado por parte da sociedade brasileira por ter demonstrado publicamente sua admiração pela ditadura militar, regime que governou o Brasil entre os anos de 1964 a 1985, tendo dedicado o seu pelo impeachment de Dilma Rouseff, ao homem que torturou a ex-presidente, durante a ditadura militar.

AT com Lusa

Rejeição de Bolsonaro pelo eleitorado feminino chega aos 49%