A deputada socialista Elza Pais defendeu que a partilha absoluta das licenças de parentalidade é a medida que diz ser fundamental para promover a igualdade de género a nível laboral.
Esta é, de resto, uma alteração que promete defender intransigentemente numa altura em que anuncia a recandidatura à liderança do Departamento das Mulheres Socialistas, uma estrutura feminina integrada no Partido Socialista.Elza Pais apresentou esta norma como uma das prioridades nacionais para a agenda da igualdade.
“Já há uma conquista muito grande relativamente à presença das mulheres. Sim, mas nós, além do equilíbrio, queremos mesmo a decisão política. Não basta estar, é preciso estar com capacidade de decidir”, afirmou a deputada em entrevista à agência Lusa, esta quinta-feira, 26 de abril, e após ter proferido um dos discursos mais feministas que o Parlamento escutou em dia de evocação da Revolução dos Cravos.
Para a deputada, não é por falta de qualificações que as mulheres não se encontram em lugares de liderança e de decisão, deve-se apenas a “dificuldades de conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal, que estão sobretudo a cargo da mulher“. Conseguir a partilha absoluta das licenças de parentalidade torna-se então fundamental para conquistar a igualdade a nível laboral, defende.
“A nossa meta é essa, uma partilha absoluta. Queremos que se alcance se não for para o ano, que seja daqui a dois, a três, quando quer que seja”, referiu Elza Pais. Apesar de reconhecer que os homens têm um papel cada vez mais ativo nas tarefas familiares, a deputada considera haver ainda um longo caminho a percorrer.
A eleição da presidente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas ocorre em simultâneo com a eleição direta do secretário-geral do PS. Ambas estão marcadas para 11 e 12 de maio. A apresentação de candidaturas termina esta quinta-feira, 26 de abril.
FL com Lusa
[Imagem de destaque: António Cotrim / Lusa]
PS desvaloriza atraso na lei da paridade para a Administração Pública
