Empresa de cosmética quer usar #MeToo para vender maquilhagem

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O #MeToo é um movimento social mundial de denúncia de assédio, mas há já quem queira transformar esse poder numa forma de fazer dinheiro e negócio. Segundo informações divulgadas por meios de comunicação norte-americanos, a marca de cosmética Hard Candy está a tentar registar a patente da hashtag para vender os seus produtos.

De acordo com a TMZ, a insígnia de beleza solicitou um pedido de marca registada para a 20 de outubro do ano passado, cinco dias depois de o #MeToo se ter tornado popular a pedido da atriz Alyssia Milano e na sequência das denúncias de agressão sexual contra o produtor Harvey Weinstein (Leia mais aqui)

Segundo Jerome Falic, CEO da Falic Fashion Group, companhia detentora da Hard Candy a aquisição não é uma tentativa de capitalização monetária do movimento. De acordo com o site The Cut, outra fonte terá esclarecido que os produtos serão doados para a causa em questão.

Apesar das justificações, a intenção agora noticiada está a gerar polémica nas redes sociais, onde têm sido muitos os consumidores a mostrar descontentamento.

Os milhões do #MeToo

Criado inicialmente pela ativista Tarana Burke para apoiar as sobreviventes da violência sexual em comunidades desfavorecidas, em 2006, o movimento #MeToo, tornou-se viral após o escândalo de assédio sexual de Harvey Weinstein. Foi a atriz Alyssia Milano quem convocou as mulheres para esta vaga de denúncias e com o propósito de dar uma real dimensão do problema. Estávamos, então, a 15 de outubro de 2017.

Logo no primeiro dia, a hastag foi reproduzida 200 mil vezes no Twitter. Um dia depois já chegava o meio milhão. O número nunca mais parou de crescer e, em novembro, o #MeToo – no original ou em versões traduzidas – já tinha chegado a 85 países.

Imagem de destaque: Shutterstock

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