Empresa portuguesa paga ‘licença’ a trabalhadores que adotarem cão

Uma semana paga por inteiro aos trabalhadores que adotarem um cão. Esta é uma medida anunciada pela startup portuguesa Barkyn, que admite ausência do trabalhador por cinco dias úteis caso adotem e acolham um cão.

A startup, que conta com “mais de 25 colaboradores e continua a contratar para as áreas Marketing e Engenharia”, segundo refere o comunicado enviado às redações, não refere quantos já requisitaram a medida ou quantos, efetivamente, a podem vir a exercer a breve trecho. Porém, responsável da empresa explica ao Delas.pt que, “neste momento, todos (atuais e futuros colaboradores) poderão usufruir desta política”.

A iniciativa, intitulada Barkyn Dog Parents, pretende “tranquilizar as novas famílias e permitir que usufruam do novo membro em plenitude nos primeiros dias de adaptação”, refere o cofundador e CEO André Jordão no comunicado. “Acolher um cão requer ajustes no dia-a-dia de qualquer família. Sabemos que os primeiros dias são intensos e as noites muitas vezes mal dormidas…”, justifica o responsável, na mesma nota enviada à comunicação social.

Apesar de, em comunicado de imprensa, a referida companhia que vende comida para cão falar em ‘licença de maternidade’ – que na lei nacional é de quatro meses -, a verdade é que se trata de pagar ao “colaborador o dia inteiro” e por um período de “uma semana de licença”.

Já em janeiro do ano passado chegavam ecos de medidas desta natureza vindas dos Estados Unidos da América. Em janeiro de 2018, empresas norte-americanas revelavam que estavam a conceder duas semanas de licença remuneradas a trabalhadores que tivessem animais de estimação.

Uma das regras para se ser exigível para usufruto desta medida passava pela necessidade de dar tempo para treinar os animais. Uma notícia que dava que falar por se tratar de uma iniciativa que ocorria num país em que a lei geral não obriga – logo, não compele empresas – ao pagamento de licenças de maternidade para quem acaba de ter um filho.

Mulheres criam mais empatia com os animais de estimação

Segundo dados oficiais dos EUA, de 2016, apenas 12% das mulheres no setor privado acediam a dias pagos por licença de apoio à família, cobrindo questões de maternidade, paternidade e doença. Segundo o site Healtline, só os estados da California, Rhode Island e Nova Jérsia tinham licença de maternidade paga. 25% das recém-mães (¼) eram obrigadas a voltar ao trabalho duas semanas após terem dado à luz os seus filhos, refere a mesma fonte.

Uma das empresa de análise de dados que concedia esses benefícios, a mParticle, explicava que “não discriminava apenas porque não eram humanos”.“Ofereceremos licença de maternidade e paternidade e um animal de estimação é um outro membro de uma família”, afirmava a responsável de recrutamento Laurel Peppino ao jornal The Times, no âmbito de uma peça sobre “paw-ternity leave” em Manhattan (em tradução livre seria algo como licença de pata-rnidade).

Ainda em março deste ano, o site Insider referenciava uma análise feita pelo blogue PetPlan que indicava que tinha sido oferecido ‘licença paga’ a 5% dos trabalhadores que têm animais domésticos, concedendo tempo de conciliação concedido no trabalho e para adaptação da nova vida em casa.

Na galeria acima, veja quais os melhores cães para ter em apartamento.

Imagem de destaque: DR

Mulheres dormem melhor com um cão do que com um homem