Encomendas não entregues e burlas avolumam queixas em beleza e bem-estar. Categoria foi a que mais cresceu em 2024

pexels-sam-lion-6001495
[Fotografia: Pexels/Sam Lion]

O número de queixas no segmento da Beleza, Estética e Bem-Estar tem vindo a subir. Este segmento liderou, aliás, a tabela de maior crescimento do Portal da Queixa referente ao primeiro semestre de 2024 e quando comparado com o ano anterior, com um incremento de 63,2%.

À Delas.pt, a plataforma especificou que as encomendas não entregues são o maior motivo de submissão de reclamações, com quase metade do volume (46,3%). Seguem-se os não reembolsos (23,1%), a burla (14%), a encomenda em atraso (5,4%) e o código de rastreio (3,2%). Desta forma, a compra de produtos online está a agigantar as queixas no setor da beleza e do bem-estar.

Nas categorias mais reclamadas, destaque para as perfumarias, também quase metade (48,8%) dos alertas deixados pelos utilizadores na plataforma. Produtos de beleza e cosmética e loja de perfumes online registam, cada uma, mais de 10% do volume de reclamações. Já os produtos naturais de emagrecimento somaram 8,9% das queixas e a subcategoria dos produtos de estética e cabeleireiro ficou nos 6%.

O Portal da Queixa reporta ter recebido perto de 100 mil queixas nos primeiros seis meses deste ano e revela que “o setor mais reclamado é o dos Correios, Transporte e Logística, a absorver 11,7% do total de queixas registadas no primeiro semestre. Os principais motivos de reclamação dos consumidores prendem-se com os problemas na entrega das encomendas”, refere a plataforma em comunicado enviado às redações.

Na mesma nota explica que Serviços e Administração Pública, com 10,8% das ocorrências, ocupam o segundo lugar, e as Comunicações, TV e Media ficam em terceiro, com 7,8% das mensagens submetidas. “Banca, Pagamentos e Investimentos recolhe 6.9% das reclamações com débitos indevidos, dificuldade no atendimento e problemas relacionados com os créditos habitação”. O topo da lista de queixas fica completo com “Compras, Moda e Joalharia (6,1%), Informática, Tecnologia e Som (5,3%), Transportes Públicos, Aluguer e Condução (5,3%), Água, Eletricidade e Gás (5%), Internet, Sites e Negócios (4%), Hotéis, Viagens e Turismo (3,9%)”, lê-se no mesmo comunicado.