Não são para todas as bolsas, nem para todos os gostos, mas a desportiva atriz Jane Fonda, do alto dos seus 86 anos, apresenta-os como os aliados entre o design clássico de uns sapatos de salto com o conforto de uns ténis. Foi, aliás, a partir dessa ideia, que eles nasceram.
Uma fusão inesperada que vem na sequência de, há anos, os ténis passarem a ocupar grande parte dos lugares de destaques que eram dados aos saltos agulha. A primeira campainha desta tendência ecoou em 2014/2015 quando o designer Karl Lagerfeld, para a casa Chanel, voltou a agitar as águas e apresentou, nessa temporada de pronto a vestir para o outono/inverno, uma coleção em que mostrava mulheres sofisticadas a desfilarem de ténis num supermercado, carregando compras na mão. Um desfile que pode ver no link abaixo:
Há uma década estava, então, dado o tiro de partida. Nestes últimos dez anos, as mulheres libertaram-se paulatinamente de uma quase obrigação de formalidade para poderem estar confortáveis em todas as situações. Daí até ver sapatilhas conjugadas com peças de alfaiataria ou saias clássicas foi um instantinho.
A pandemia provocada pela covid-19 e o confinamento vieram fazer o resto, uma vez que se clamava conforto dentro de casa e as vendas de altos altos caíam, com quebras que chegaram a superar os 70%.
Contudo, a marca Snexx traz um híbrido como uma possível ideia a adotar ou não (a um preço de 490 euros). Jane Fonda, que diz “já não poder usar saltos”, parece estar a dar uma segunda oportunidade. A pergunta é: e se a moda pega, correria com eles ou calçava-os?
