Rute Rosa e Sérgio Vieira ou era uma vez a cerâmica

Quase todas as nações têm tradição cerâmica, mas só em Portugal existe o Laboratório d’estórias, que a revitaliza e a oferece num ‘pacote total’, tanto em sentido figurado como literal. Cada peça, já bela por si, vem acompanhada de um conto e de uma ilustração que a sustentam, sempre inspiradas em estórias da cultura popular portuguesa. Tudo numa caixa que sozinha faz a cristaleira!

É esta afinal a razão do sucesso ascendente do Laboratório: “Talvez o conceito de contar histórias através dos objetos, a diversidade das linguagens formais, tendo um ponto em comum – registos de manufatura da cerâmica caldense e iconografias da cultura portuguesa” dizem Rute Rosa e Sérgio Vieira, os principais contadores da estórias do Laboratório, fundado em junho de 2013, nas Caldas da Rainha.

Porquê o Laboratório?

Por um desejo do desenvolvimento de projetos de autor pautados pela experimentação e pela paixão pela cerâmica.

Quem compõe o ‘núcleo duro’ do Laboratório?

Parte criativa: Rute Rosa & Sérgio Vieira. Parte produtiva: Atelier Teresa Lima e a fábrica Lenacer.

Como é ter um negócio de design longe dos grandes centros?

Apesar do Laboratório d´Estórias estar sediado longe dos grandes centros, desenvolve toda a sua atividade numa das cidades mais importantes da cerâmica portuguesa. Na qual persiste uma herança histórica da produção cerâmica; um Centro de Formação profissional para a Indústria de Cerâmica – Cencal e uma Escola Superior de Arte e Design – E.S.A.D. CR. Entidades imprescindíveis para o desenvolvimento do nosso trabalho.

De que formas é o Laboratório influenciado pela proximidade a uma zona conhecida pela produção cerâmica?

Na génese do Laboratório d’ Estórias está toda influência do universo da história da cerâmica Caldense e as suas técnicas ancestrais.

Que razões encontra para o sucesso da marca?

Talvez o conceito de contar histórias através dos objetos, a diversidade das linguagens formais, tendo um ponto em comum – registos de manufatura da cerâmica caldense e iconografias da cultura portuguesa.

Exporta? Para onde? Que percentagem de volume?

Iniciámos a exportação, numa forma mais séria, este ano com a participação em três feiras internacionais Maison et Objet em Paris (2 edições – janeiro e setembro) e TopDrawer em Londres (setembro). Atualmente as peças do Laboratório d’Estórias encontram-se à venda em diversos pontos de venda: Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Itália, Reino Unido, Singapura e Suíça. Presentemente o volume de faturação para o exterior é de 20%.

Para além de várias lojas espalhadas pelo país, toda a produção está disponível no online da marca, em www.laboratoriodestorias.com.