Erros que não pode cometer quando põe mel no chá

Herbal tea with melissa in a cup and strainer

Beber bebidas quentes e com mel, para quem não é diabético, tem sido uma das recomendações deixadas por especialistas numa altura de combate à propagação do Coronavírus.

No entanto, 26.

Conhecido pelas suas características anti-inflamatórias, antibacterianas, antisépticas, cicatrizantes e energéticas, elas são alteradas se mergulhadas em soluções muito quentes. Ou seja, aquele ritual de fazer o chá com água a ferver e colocar de imediato uma colher de mel não podia ser mais errada.

“O mel é muito sensível à oxidação e ao calor”, refere ao site da revista francesa Madame Figaro a nutricionista Hafid Halhol. Na verdade, quanto mais alta for a temperatura, maior a degradação de enzimas presentes no mel e que lhe dão as propriedades antisepticas. É importante também que, para fazer efeito, o mel conserve o seu ph ácido baixo, que impede a multiplicação de bactérias.

A solução passa, por isso, por fazer o chá e deixá-lo arrefecer até que as palmas das mãos possam segurar na caneca. Esse é, então, o momento indicado para colocar a colher de mel e beber quente.

Desta forma, estão garantidas as propriedades antisépticas e anti-inflamatórias, mas não as anti-infeciosas. Para que este último pressuposto se cumpra, é importante não diluir o mel na água porque tal vai alterar o pH e a concentração de açúcar, logo a sua capacidade de agir eficazmente sobre as bactérias.

Mediante as gripes sazonais, a recomendação é a de beber água à temperatura a 37 ou 38 ºC e depois uma colher de mel. “Isso permitirá a criação de uma superfície de troca maior e, portanto, melhorar absorção sob a língua dos ingredientes ativos presentes no mel”, refere, à mesma publicação, o doutorado em Ciências da Nutrição Humana Nicolas Cardinault.