Escritora paquistanesa Kamila Shamsie vence Women’s Prize for Fiction

Kamila Shamsie

A escritora paquistanesa Kamila Shamsie venceu o Women’s Prize for Fiction 2018 com o romance ‘Home Fire’ – publicado em Portugal pela Relógio d’Água com o título ‘Conflito Interno’ -, anuncia a página oficial do galardão.

‘Conflito Interno’ recria a tragédia grega ‘Antígona’, de Sófocles, para contar a história de uma família muçulmana britânica, apanhada pelo grupo radical estado islâmico.

Este livro, editado em Portugal pela Relógio d’Água em dezembro do ano passado, valeu à sua autora a atribuição daquele que é considerado o mais prestigiante prémio anual do Reino Unido para ficção escrita por mulheres, com um valor pecuniário de 30 mil libras esterlinas (cerca de 34 mil euros).

O júri classificou o romance da escritora, residente em Londres, como “a história dos nossos tempos”.

“Escolhemos o livro que sentimos que fala pelos dias de hoje. ‘Home Fire’ é sobre identidade, lealdades em conflito, amor e política. Um livro sempre sustentado pelo domínio dos temas e da forma. É um livro notável, que recomendamos apaixonadamente”, disse Sarah Sands, presidente do júri.

Além de ‘Conflito Interno’, Kamila Shamsie é autora de outros seis romances, três dos quais editados igualmente em Portugal: ‘Versos Quebrados’ (‘Broken Verses’), pela Flamingo, em 2006, ‘Sombras queimadas’ (‘Burnt shadows’), pela Civilização, em 2010, e “Um deus em cada pedra” (‘A God in every Stone’), pela Jacarandá, em 2015.

O romance ‘Sombras queimadas’ foi finalista do ‘Orange Prize for Fiction’ e está traduzido em mais de 20 línguas.

Kamila Shamsie é ainda autora dos romances ‘In the City by the Sea’ e ‘Kartography’, ambos nomeados para o John Llewellyn Rhys Prize, bem como de ‘Salt and Saffron’, nenhum destes editado em Portugal.

Alguns dos seus romances foram distinguidos com prémios da Academia de Letras do Paquistão.

A autora é membro da Royal Society of Literature, tendo sido incluída pela revista Granta entre os melhores jovens romancistas britânicos, em 2013.

 

Imagem de destaque: REUTERS/ Stefan Wermuth