Uma hora bastou para Cristiano Ronaldo assinar o acordo que o declara como culpado de quatro crimes fiscais em Espanha e o obriga ao pagamento de 18,8 milhões de euros, escapando, ao mesmo tempo, de 23 meses de cárcere.
De preto integral e de óculos de sol e com Georgina Rodriguez, de sobretudo bordeaux, a acompanhá-lo e de mão dada, o craque português Cristiano Ronaldo apresentou-se esta manhã de terça-feira, 22 de janeiro, no tribunal Provincial de Madrid onde decidiria sobre a pena de quatro crimes de fraude fiscal. Em causa estava, recorde-se, a fuga ao pagamento de impostos de rendimentos recebidos sobre os direitos de imagem em Espanha, quando jogava no Real Madrid.
O futebolista, atualmente na Juventus, decidiu pôr fim a este ‘pesadelo’ de sorriso no rosto e com o apoio da companheira (veja imagens na galeria acima), reconhecendo a culpa nos processos que sobre ele pendiam, tendo acordado pagar uma multa no valor de 18,8 milhões de euros, escapando, assim, a uma prisão de 23 meses.
É que se a Justiça espanhola geralmente não encarcera os acusados com penas inferiores a 24 meses e sem antecedentes criminais, certo é que, ao mesmo tempo, um acordo desta dimensão não poderia ser assinado por procuração, tendo o tribunal requisitado a presença obrigatório do craque naquela instância.
A chegada discreta de CR7 ao tribunal foi também recusada pelo magistrado, que negou o pedido do advogado para que Ronaldo pudesse entrar pela garagem. Assim, obrigou-o a entrar pela porta da frente, diante da comunicação social.
Fonte do tribunal confirmou à agência Lusa a assinatura do acordo pelo avançado da Juventus, que se deslocou ao Tribunal Provincial de Madrid, onde esteve durante aproximadamente uma hora, entrando e saindo em silêncio, apesar da cerca de centena de jornalistas presentes.
Ronaldo estava acusado de ter, de forma “consciente”, criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas, para defraudar o fisco espanhol em 14.768.897 euros, cometendo quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014.
A cooperação com a justiça e o caso Mayorga
No início deste mês, as informações que chegavam dos Estados Unidos da América davam conta de que o futebolista português estava disposto a colaborar “a 100%” com as autoridades no caso de acusação por violação, interposto por Katryn Mayorga. Segundo noticiava o site TMZ, a 10 de janeiro, Ronaldo aceitaria realizar o teste de ADN que lhe tinha sido pedido.
A norte-americana Kathryn Mayorga, de 34 anos, acusou Cristiano Ronaldo de a ter violado depois de uma saída à noite a 12 de junho de 2009, nos Estados Unidos da América.
CB com Lusa
Imagem de destaque: Javier Lizon/EPA
As razões de Kathryn para só agora acusar Ronaldo de violação