Espanha: Um leque vermelho que pede mais mulheres no cinema

People hold up their fans during the Spanish Film Academy's Goya Awards ceremony in Madrid
People hold up their fans during the Spanish Film Academy's Goya Awards ceremony in Madrid, Spain, February 3, 2018. REUTERS/Susana Vera - RC1972DD2860

Os anúncios há muito que estavam feitos. Os prémios Goya – certame que visa premiar o cinema espanhol – iriam ser palco de protesto pacífico pela maior presença das mulheres na sétima arte espanhola. Isabel Coixet e Carla Simón, as únicas realizadoras nomeadas, foram as primeiras a refrescar-se com o célebre leque vermelho que pede, exatamente, “mais mulheres” (#MásMujeres) nesta indústria.

Por isso, foram distribuídos mais de 1800 acessórios antes da cerimónia, que tardaram – relata a imprensa do país vizinho – a surgir na passadeira vermelha. No entanto, durante a gala foram, por várias vezes, agitados pela plateia, por homens e mulheres.

As atrizes Penélope Cruz e Letícia Dolera também se juntaram ao protesto e exibiram os seus leques. “Só 7% da realização está nas mãos de mulheres”, analisava a primeira, durante a gala que teve lugar em Madrid, na noite de sábado, 3 de fevereiro. Já a segunda lembrou que “todos os dias são de reivindicação até que consigamos uma sociedade mais igualitária”, afirmou a segunda, de acordo com os periódicos espanhóis.

Imagem de destaque: Susana Vera/Reuters