Especialistas classificam impacto de alimentos vegetarianos no ambiente

iStock-1151268589 (1)
[Fotografia: iStock]

Cada vez são mais as pessoas que optam por deixar de comer carne, seja por matéria de saúde, seja por razões emocionais, seja devido ao impacto que o consumo massivo tem no meio ambiente ou seja por questões animais, pela forma insensível como as grandes indústrias os trata. Como tal, há a necessidade de se encontrar alternativas à dieta tradicional alimentar, mas sabe-se que nem todos os alimentos ou substitutos de carne têm o mesmo impacto no ecossistema.

Especialistas em sustentabilidade estudaram as alternativas e descobriram que, numa primeira leitura, o alimento vegetariano que maior impacto possa ter na natureza não consegue ser tão grande como o da carne. “A nossa alimentação é responsável por 34% das emissões globais de gases com efeito de estufa, usa 70% da água doce e tem sido a principal responsável pela perda de 60% da nossa biodiversidade”, garante Mark Driscoll, especialista em sustentabilidade, ao jornal HuffPost.

Dentro da alimentação vegetariana, os que menos impacto têm são os feijões e as lentilhas, que são muitas vezes usados para fazer hambúrgueres. São os alimentos “mais amigos do ambiente que se podem encontrar”, afirma Isaac Emery, fundador e consultor na Informed Sustainability Consulting.

No nível intermédio de impacto, surge a seitan. Feito com trigo, este depende da forma como é cultivado, com recurso também “a agroquímicos e pesticidas que contaminam a água e têm efeitos nocivos na biodiversidade e nos insetos polinizadores”.

No final da cadeia dos produtos vegetarianos que mais prejudicam o meio ambiente está o tofu, que, como é feito de soja, é um dos principais responsáveis pela desflorestação. O tempeh, derivado de feijões de soja, não é o alimento mais sustentável, devido aos pesticidas.