A esperança de vida à nascença diminuiu em todas as regiões de Portugal continental, sendo estimada em 80,72 anos no triénio 2019-2021, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados nesta segunda-feira, 26 de setembro.
Segundo a publicação do INE Tábuas de Mortalidade em Portugal – NUTS (2019-2021), a esperança de vida à nascença em Portugal foi estimada, neste período, em 77,67 anos para os homens e em 83,37 anos para as mulheres, correspondendo, relativamente a 2018-2020, a uma diminuição de cerca de 4,8 meses para os homens e de 3,6 meses para as mulheres.
O INE refere que em resultado do aumento do número de óbitos no contexto da pandemia da doença covid-19, se registaram, também, reduções na esperança de vida para a maioria das regiões NUTS II e III (Nomenclatura de Unidades Territoriais para fins estatísticos).
“O impacto da pandemia covid-19 nas regiões foi, todavia, diferenciado”, refere, especificando que por NUTS II, se registaram reduções na esperança de vida à nascença em todas as regiões, com exceção das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira tendo a maior redução sido observada no Alentejo (cerca de 7 meses).
Por NUTS III, registaram-se reduções em todas as regiões do Continente, a maior na Lezíria do Tejo (-7,44 meses) e a menor no Alto Tâmega (cerca de 1 mês).
Quanto à esperança de vida aos 65 anos em Portugal, no período 2019-2021, o INE refere que foi estimada em 19,35 anos.
“Aos 65 anos, os homens podiam esperar viver 17,38 anos e as mulheres 20,80 anos, o que correspondeu a uma redução de, respetivamente, 4,6 e 3,7 meses relativamente a 2018-2020”, salienta.
Por NUTS II, no triénio 2019-2021, registaram-se reduções na esperança de vida aos 65 anos em todas as regiões, com exceção da Região Autónoma da Madeira, em que aumentou ligeiramente.
Já a maior redução observou-se no Alentejo (cerca de 7 meses), indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística.
Por NUTS III, registaram-se reduções na esperança de vida aos 65 anos em todas as regiões, com exceção da Região Autónoma da Madeira, onde se verificaram ligeiros ganhos na esperança de vida, de cerca de meio mês.
De acordo com o INE, a maior diminuição da esperança de vida aos 65 anos foi observada no Alto Alentejo (-1,12 anos).
Na construção das tábuas completas de mortalidade para Portugal os quocientes de mortalidade são estimados com base nos dados de óbitos observados em três anos consecutivos e na estimativa da respetiva população exposta ao risco de óbito.
LUSA