Este utensílio de cozinha é campeão nos germes e agora sabe-se porquê

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[Fotografia: Burst/Pexels]

Mais do que a sujidade, são mesmo as componentes da esponja que a tornam num viveiro de bactérias mesmo à mão de semear e na cozinha. A conclusão emerge de um estudo levado a cabo pela Universidade de Duke e publicado na revista Nature Chemical Biology.

De acordo com os investigadores, há espécies de bactérias que prosperam sozinhas, mas outras que o fazem em ambientes mais diversos, como no caso das esponjas que habitual e tradicionalmente são usadas na cozinha.

Para esta pesquisa, foram monitorizados 80 tipos diferentes de bactérias E. coli em placas de Petri, no laboratório. As conclusões sugeriram que os ambientes estruturais com grandes espaços, ao contrário dos isolados, podem ajudar os micróbios a prosperar, eliminar aqueles que precisam de ambientes mais solitários e fazer crescer os que se desenvolvem melhor em clima de interação.

O teste foi depois aplicado a uma vulgar esponja de cozinha, que conseguiu, no fim da experiência, reunir mais micróbios do que qualquer outro equipamento que tinha sido usado em laboratório.

Segundo o coordenador do estudo, o professor de engenharia biomédica da Duke Lingchong You, “uma esponja consegue, de forma muito simples, implementar uma estrutura multinível que melhora a comunidade microbiana geral”. No mesmo comunicado emitido pela universidade, que pode ser lido no original aqui, o responsável vinca que “talvez seja por isso que a esponja seja uma coisa realmente suja: a sua estrutura é o lar perfeito para os micróbios”.

Crê-se que este estudo, apoiado por institutos norte-americanos de saúde, possa ajudar a indústria a reponderar os materiais usados e como evitar uma maior presença de germes.