Esta bebida “aumenta risco de ataque cardíaco 90 minutos após consumo”

Consumir uma bebida energética pode ser suficiente para causar problemas de coração, com os efeitos a sentirem-se 90 minutos após ter sido ingerida, alertam cientistas da Universidade do Texas, em Houston, nos EUA. Os investigadores descobriram que bebidas como Red Bull e Monster podem causar estreitamento das artérias, dificultando a chegada do sangue ao coração e provocando ataques cardíacos ou derrames.

“Como as bebidas energéticas estão a tornar-se cada vez mais populares, é importante estudar os efeitos destas bebidas naqueles que as bebem frequentemente“, explicou John Higgins, líder deste estudo, ao The Sun (percorra a galeria de imagens no topo do texto para ficar a conhecer alguns sintomas que podem indicar a ocorrência de um ataque cardíaco numa mulher).

O objetivo desta investigação, segundo os especialistas, é principalmente alertar os jovens para o elevado consumo destas bebidas ricas em cafeína, taurina, açúcar e outros ingredientes à base de plantas que podem danificar o revestimento das artérias e veias.

Resultados perigosos

As bebidas energéticas normalmente contêm 80mg de cafeína por cada 100ml, ou seja, aproximadamente o mesmo que três latas de Coca-Cola ou uma chávena de café expresso, indica a Food Standards Agency. Além disso, costumam ter também elevados níveis de açúcar e muitas vezes são vendidas em latas de 500ml.

Este estudo norte-americano mostrou que apenas uma hora e meia após o consumo da bebida energética, as artérias das estreitaram-se. Medições através de ultrassom revelaram que antes da ingestão da bebida, a dilatação média da artéria era de 5,1% de diâmetro. Um valor que diminuiu para apenas 2,8% depois, “sugerindo deficiência aguda na função vascular”.

Todos os participantes deste estudo tinham cerca de 20 anos, eram não fumadores e não tinham registos de problemas de saúde.

“Deve ser feito mais para restringir o consumo entre crianças e jovens”

No ano passado, um estudo canadiano já tinha concluído que as bebidas energéticas podem provocar efeitos colaterais desagradáveis, como problemas cardíacos e convulsões, fazendo com que no país várias pessoas começassem a lutar pela proibição de venda deste tipo de bebidas a crianças e jovens.

“O número de efeitos de saúde observados no nosso estudo sugere que deve ser feito mais para restringir o consumo entre crianças e jovens“, afirmou, na altura, o professor David Hammond.

No Reino Unido também várias pessoas têm apelado ao governo para proibir a venda de bebidas energéticas a crianças menores de 16 anos. Alguns supermercados, como foi o caso do Aldi, optaram por implementar as suas próprias medidas para proteger os jovens, mas ainda há quem as defenda.

As bebidas energéticas e os seus ingredientes foram extensivamente estudadas e confirmadas como seguras pelas autoridades de segurança dos governos de todo o mundo”, garante Gavin Partington, diretor da Associação Britânica de Refrigerantes.

Estas novas conclusões científicas foram apresentadas em Chicago, em várias sessões da American Heart Association’s, na semana passada.

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