Esta ‘calculadora’ da IA prevê se vai morrer dentro de quatro anos

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[Fotografia: Pexels/This is Engineering]

Usamos a tecnologia por trás do ChatGPT para analisar vidas humanas, apresentando cada pessoa como uma sequência de eventos que acontecem na vida”, descreve o principal autor do estudo académico Usar Sequência de Eventos de Vida para Prever Vidas Humanas.

Para Sune Lehmann, professor de redes e sistemas complexos da Universidade Técnica da Dinamarca, o algoritmo ‘life2vec’ recorre a informações seletivas da vida de uma pessoa como histórico de saúde, idas a médicos, residência, rendimentos, nível de educação e a a profissão exercida. Para testar a fórmula, os cientistas usaram dados da população dinamarquesa, com quase seis milhões de habitantes, durante um período entre 2008 e 2020. O ‘life2vec’ foi aplicado, então, pelos investigadores para descobrir quais os indivíduos poderiam continuar a viver durante quatro anos e a a partir de uma data precisa: 1 de janeiro de 2016.

Segundo o que tem sido avançado pela equipa, aos resultados – que podem ser consultados no original aqui – apontam para uma taxa de precisão a rondar os 74%, mais 11% de fiabilidade que as soluções atualmente existentes – usadas por seguradoras –, e para um prazo de quatro anos.

Usamos o facto de, em certo sentido, as vidas humanas terem semelhanças com a linguagem. Assim como as palavras se sucedem nas frases, os eventos também se sucedem na vida humana”, revelou Sune Lehmann.

Ora, sem surpresas, ficou desde já apurado que os mais ricos ou poderosos correm menor risco de morte precoce quando comprados com os que têm menores rendimentos ou diagnóstico de problema de saúde mental.