Esta cidade cria estatuto de monoparentalidade e concede 21 novos direitos

pexels-dariaobymaha-1683975
[Fotografia: Pexels/ Dariao by Maha]

Situada a 28 quilómetros a sul de Paris, este município francês quer invertera realidade de famílias monoparentais na zona, e que chegam a ser mais de 30% dos agregados, dos quais 1/3 está abaixo do limiar da pobreza. O município de Ris-Orangis (Essone) acaba de criar o estatuto de família monoparental na qual estão vertidos direitos e medidas de apoio a quem está nessa situação.

Sob o mote “Mães e pais sós, vocês já não estão mais sozinhos”, esta carta de direitos inclui creches prioritárias para mãe e pais solteiros de bebés e crianças, espaços de discussão e relax e um serviço vocacionado para pedidos de ajuda feitos por esta população.

Este novo clausulado quer facilitar os pedidos de acesso à habitação e construção de novos fogos municipais para as famílias que se encontram nestas circunstâncias.

“O nosso interesse por estas questões acelerou desde os tumultos do verão passado já que, depois de analisarmos o perfil das crianças, dos adolescentes, dos jovens que participaram destes movimentos de revolta, geralmente ou passaram por serviços de proteção à infância ou cresceram em famílias monoparentais”, afirmou à imprensa francesa o presidente de câmara Stéphane Raffali. O custo destas medidas, em parte já implementadas, não foi divulgado pela Câmara Municipal.

Em Portugal e segundo os censos de 2022, os agregados monoparentais já são quase 1/5 do total, com 579 mil 971 lares compostos por um adulto e filhos, representando 18,5% do total nacional.

Destes, as mulheres são, bem de longe, as que mais têm filhos a cargo. Segundo os dados, são quase seis vezes mais do que os homens em iguais circunstâncias. Olhando em concreto para os números, “os núcleos monoparentais constituídos por mãe com filhos predominam, 496 mil 342 lares (85,6%) face ao número de núcleos de pai com filho, 83 mil 629 (14,4%)”, lê-se no comunicado que acompanha o relatório. Um valor que revela um aumento de 3,6 pontos percentuais do que em 2011.