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“Esta década tem de ser das mulheres a apoiarem-se umas às outras”, diz Kate Winslet

[Fotografia: Rich Fury/Getty Images/AFP]

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A atriz Kate Winslet, que venceu o Emmy de Melhor Atriz em Minissérie, Série de Antologia ou Filme na 73.ª edição dos Prémios da Academia de Televisão, disse que chegou o momento de as mulheres se elevarem mutuamente.”Quero reconhecer as outras nomeadas, nesta década que tem de ser das mulheres a apoiarem-se umas às outras”, afirmou a atriz, no discurso de vitória durante a cerimónia dos Emmys, que decorreu esta madrugada em Los Angeles. “Eu apoio-vos, eu saúdo-vos, estou orgulhosa de todas”.

Kate Winslet ganhou o troféu pelo papel de Mare Sheehan na minissérie Mare of Easttown, da HBO, que foi uma das produções vencedoras da noite. “A Mare foi um momento cultural que juntou as pessoas e deu-lhes algo sobre que conversar para lá da pandemia global”, disse a atriz, de 45 anos, sublinhando a importância deste papel na televisão de hoje. A personagem, disse, é uma “mãe de meia-idade imperfeita”, que fez toda a gente “sentir-se validada”.

Recorde-se, aliás, que a própria atriz recusou ver as cenas de corpo em que surgia mais despida e com “barriguinha” serem retocadas para resultarem melhor no ecrã.

Numa das categorias mais importantes dos prémios da Academia de Televisão, Kate Winslet venceu contra Michaela Coel (“I May Destroy You”), Cynthia Erivo (“Genius: Aretha”), Anya Taylor-Joy (“O Gambito da Rainha) e Elizabeth Olsen (“WandaVision).

A minissérie “Mare of Easttown”, que estava nomeada para 16 Emmys, levou quase todos os prémios de representação nas categorias referentes a minissérie, série de antologia ou filme: além de Kate Winslet, deu a vitória a Julianne Nicholson (Melhor Atriz Secundária) e a Evan Peters (Melhor Ator Secundário). Recebeu ainda o Emmy na categoria de Direção de Arte.

No entanto, foi O Gambito da Rainha, da Netflix, que conquistou o Emmy de Melhor minissérie, série de antologia ou filme, bem como Melhor Realização nesta categoria.

Prémios máximos nas mãos de mulheres

Jessica Hobbs venceu o Emmy de Melhor Realização em Série Dramática, o mais importante dos prémios, pelo episódio final da quarta temporada da série The Crown, da Netflix, intitulado War. No seu discurso de aceitação, Hobbs reconheceu a importância do momento.

“Não houve muitas mulheres a ganharem este prémio, por isso sinto que sigo as pisadas de pessoas extraordinárias e estou muito agradecida pelo caminho que abriram”, afirmou Hobbs, saudando a sua própria mãe, que aos 77 anos continua a realizar.

Hobbs venceu o Emmy batendo uma competição de peso, que incluiu Jon Favreau por “O Mandaloriano” e Benjamin Caron também por “The Crown”. A última vez que uma mulher tinha ganhado este Emmy foi em 2017, quando Reed Morano saiu vencedora pelo episódio-piloto de The Handmaid’s Tale.

No entanto, nunca tinha acontecido duas mulheres ganharem os prémios máximos de realização em duas categorias no mesmo ano. A outra mulher que recebeu o Emmy de Melhor Realização na 73.ª edição foi Lucia Aniello, na categoria de comédia, pelo episódio-piloto da série da HBO Hacks, intitulado There is no Line. Nesta categoria, Aniello superou três realizadores responsáveis pela série “Ted Lasso”, que acabaria por ser considerada a melhor série de comédia do ano. Além dos prémios de realização, também ficou em destaque a vitória de Michaela Coel pelo argumento de “I May Destroy You”, série da HBO.

Uma noite peculiar e que entregou a vitória final à plataforma de streaming Netflix, que bateu pela primeira vez a concorrente HBO, ao vencer o maior número de Emmys.

CB com Lusa