Esta é a única forma segura de guardar a máscara entre utilizações

Sendo obrigatório o uso de máscara em locais públicos fechados, quando chega a hora de comer, esta pode ser tirada. Mas ainda que possa fazer isso, há que prestar atenção à forma como a guarda, de forma a garantir que ela não fique contaminada com o novo Coronavírus.

Muitas pessoas optam por a baixar para o queixo ou por a guardar na mala ou saco que carregam consigo; outras, simplesmente, colocam-na no colo e há ainda quem as pendure nos braços enquanto está a comer.

Não é necessário um especialista em microbiologia para perceber que guardá-la destas formas não é o mais higiénico, principalmente numa altura em que todo o cuidado é pouco. O risco de ser infetada não apenas pelo Covid-19, mas por outras bactérias que possam ter aderido à máscara, torna esta prática imprudente.

Factos confirmados ao site espanhol SModa, pela farmacêutica Marián García. “Colocar a máscara no cotovelo não apenas favorece a contaminação de outras pessoas e superfícies do corpo, mas também de mesas e paredes”, afirma a especialista.

Para os atletas e outros pedestres que decidem guardar a máscara nas mãos quando correm em áreas onde é possível manter a distância de segurança, esta atitude também é desaconselhada. “Existe o risco de a máscara esfregar contra outras pessoas ou superfícies. Quando é removida, não deve ser exibida como um troféu ou como uma bandeira”, explica a farmacêutica.

O Dr. Ángel Asensio, chefe do serviço de medicina preventiva do Hospital Puerta del Hierro, em Madrid, lembra ao SModa que “o vírus espalha-se dos pacientes infetados ao tossir, falar ou espirrar” e explica que, “embora ter a máscara na mão não represente um risco para os outros, pode prejudicar o utilizador quando é novamente colocada“.

O que fazer com a máscara quando não estiver a usá-la?

“O objetivo da máscara é, acima de tudo, proteger os outros, no caso de estarmos infetados. O perigoso para a sociedade como um todo é não usá-la na presença próxima de outras pessoas”, enfatiza Angél Asensio.

Se, por algum motivo, for necessário tirar a máscara por alguns minutos, os dois especialistas recomendam armazená-la da maneira mais higiénica possível. “Uma das opções mais simples e sustentáveis ​​é colocá-la num envelope de papel, que é reciclável e pode ser deitado fora depois de cumprir o seu papel de ‘protetor de máscara'”, diz a farmacêutica.

O médico concorda e acrescenta que pode “cobri-las com um lenço descartável ou similar e mantê-la numa bolsa onde não se deteriorem“.

Usar um saco de plástico com fecho para esse fim, como os usados para os alimentos congelados, também é uma opção popular, mas não é a mais recomendada, pois, uma vez que estão fechadas e a humidade da máscara é concentrada, pode vir a ser um local fértil para o vírus.

O principal objetivo é “não a deixar em contacto com superfícies que possam estar ou ser contaminadas, como mesas ou outros objetos públicos“, explica Angél Asensio ao site espanhol.