Esta é a idade em que nos sentimos velhos, diz estudo

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Mais do que a data de nascimento inscrita no Cartão de Cidadão, é comum ouvir-se que a idade é também um estado de espírito. Certo ou não, há agora um número de anos médio em que cada um se perceciona como envelhecido. E embora seja variável, um estudo norte-americano que indica o momento em que, em média, tal ocorre: 47 anos.

A análise feita junto de dois mil norte-americanos e encomendado por uma empresa de suplementos alimentares conclui que os entrevistados começam a preocupar-se com as suas alterações corporais por altura dos 50 anos, com mais de seis em cada dez (64%) a afirmarem que envelhecer está entre os principais terrores. Também em igual medida se conclui que temem a perda de capacidades mentais antes do desaparecimento de possibilidades físicas. Porém, perto de nove em cada dez (84%) dizem nada estar a afazer para preservar as faculdades que têm medo de perder.

Curiosamente e digno de nota é que um em cada quatro – em menor proporção, portanto – não está tão preocupado em perder a aparência juvenil, a capacidade de se manter atraente numa idade mais envelhecida, mas antes prioriza o facto de deixar de conseguir captar o que é moda e a acompanhar o espírito do tempo.

No mesmo inquérito, metade dos entrevistados (56%) revelou preocupações com a saúde e bem-estar cerebrais, tendo especial temor face a eventual perda de memória face à história familiar que apresentam. De acordo com o mesmo estudo, um em cada quatro (25%) diz esquecer-se uma vez por dia do que pretendia fazer, e um em cada cinco (20%) relatam perda do fio condutor de pensamento em igual período.

Mais da metade (58%) reportou o esquecimento do nome de pessoas que acabaram de conhecer. Entre os resultados, destaque para o facto de 38% dos entrevistados referir que precisa de pensar um pouco mais para se lembrar da data de aniversário de alguém muito próximo.

“Enquanto que mais da metade dos entrevistados identificaram corretamente que o consumo excessivo de álcool, tabagismo e falta de sono aceleram a taxa de perda de volume cerebral que ocorre à medida que envelhecemos, apenas 41% pensaram que hábitos alimentares inadequados também teriam um impacto,” refere, citado pelo site Study Finds, Eric Marcotull, CEO da empresa que encomendou o estudo, a Elysium Health. E prossegue: “Apesar do entendimento geral de que o Ómega3 é bom para a saúde do cérebro, 80% dos americanos não comem as duas porções semanais de peixe recomendado pelos planos nutricionais oficiais desenhados por entidades norte-americanas.”

Com a pandemia, chegaram também algumas alterações que o estudo auscultou e que indicam agora que 38% refere um decréscimo da qualidade do sono. Mais de 20% refere ter uma dieta menos saudável e 14 % admite estar a consumir mais álcool.