Os valores em torno de Meghan Markle são altos e partem de estimativas. Afinal, falamos de uma mulher que já mexe – há muito tempo e ainda antes de subir ao altar para se casar com o príncipe Harry – com o mundo da moda. Mas esta é apenas uma pequena parte daquilo a que já se chama “o efeito Meghan Markle”. Na verdade, a futura duquesa de Sussex espalha identidade e identificação um pouco por todo o mundo e em vários segmentos económicos.
Enfim, mas o melhor mesmo é irmos por partes! Esta semana e a poucos dias do casamento real (que se realiza este sábado, 19 de maio), David Haigh, diretor-executivo da consultora britânica especialista em avaliação de marcas, a Brand Finance, atirava um número: 150 milhões de libras, ou seja, 172 milhões de euros. O técnico avaliava assim a influência de Markle na indústria da moda.
“Embora estejamos apenas a observar o início do “Efeito Meghan”, ele irá, sem dúvida, igualar ou mesmo superar o “Efeito Kate” na indústria da moda”, antecipa o responsável, no site oficial da empresa. Curiosamente, o mesmo especialista lembrava que os valores estariam, neste momento, a ser calculados por defeito.
Segundo uma nova pesquisa e tendo em conta todo o frenesi em torno do casamento, a noiva – a atriz norte-americana de 36 anos – poderia estar, exatamente, a dobrar as estimativas iniciais.
Apesar de os valores serem altos, certo é que a noiva do príncipe Harry demonstra ser uma pequena parcela daquele que é considerado o maior tesouro inglês: a monarquia.
A mesma consultora revelou, recentemente, que a família da rainha Isabel II está globalmente avaliada em 67,5 mil milhões de libras (77,3 mil milhões de euros). Anualmente e olhando para 2017, a realeza britânica gera 1,8 mil milhões de libras (2,1 mil milhões de euros) para a economia do Reino Unido. Contas feitas, a contribuição económica gerada por Meghan Markle poderia representar 8,2% deste valor anual. O que, afinal, até nem parece ser assim tão pouco para uma estreia.
No que diz respeito ao património líquido da atriz norte-americana, a revista Marie Claire faz as contas e escreve que é de aproximadamente de 3,5 milhões de libras (cerca de quatro milhões de euros), fruto dos seus trabalhos em televisão e contratos publicitários. Já o do príncipe Harry está estimado em oito vezes mais: 28 milhões de libras (32 milhões de euros).
E o casamento: quanto é que vai render para a economia?
De volta à mesma consultora, a Brand Finance, as contas estão concluídas e apresentadas. Espera-se que a cerimónia, que decorre este sábado, 19 de maio, impulsione a economia britânica em um milhar de milhão de libras (1,2 mil milhões de euros). Mas a contabilidade foi ainda mais precisa e definiu, por setores, o incremento financeiro gerado por aquela que tem sido a mais aguardada boda do ano.
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Só em turismo, estima-se um encaixe de 300 milhões de libras, esperando-se um valor igual, ainda que conservador, para direitos de imagem, transmissão e informação. Portanto, só aqui estão 600 milhões de libras (687 milhões de euros) gerados. A parcela abaixo, com 250 milhões (286 milhões de euros), está reservada para o que será obtido em vendas e restauração. A moda fica-se pelos 150 milhões de libras (172) e o merchandising pelos 50 milhões (57 milhões de euros).
“É natural que o casamento real de Meghan Markle esteja a atrair muita atenção na América do Norte, tanto nos seus EUA natal como no Canadá, onde viveu vários anos. Mas, o apelo exercido pelo evento estende-se para lá dessas geografias. Com a recessão, a memória do passado, a mobilidade global a aumentar, a libra depreciada e o interesse dos media no casamento, o número de turistas provavelmente superará as expetativas”, justifica David Haigh.
Já agora, quanto custa a cerimónia e quem a paga?
A BrideBook, uma empresa britânica de planeamento de casamentos que reclama ser a número um no setor, também tem andado com a calculadora na mão. A companhia fala num casamento com um custo estimado de 32 milhões de libras. Ora, falamos de 36,6 milhões de euros, cerca de oito milhões mais do que o terá custado o do Príncipe William e de Kate Middleton, em 2011, escreve o Business Insider.
“Com a recessão, a memória do passado, a mobilidade global a aumentar, a libra depreciada (…)o número de turistas provavelmente superará as expetativas”, diz o diretor-executivo da Brand Finance
De volta à festa e a quem as organiza, aquela companhia estima – e faz até um cálculo por parcelas que pode ser consultado aqui, no original – 286 mil libras (327 mil euros) para o catering, 193 mil (221) para bebidas, 110 mil (126)para flores. Uma boda em que a maior fatia vai para a segurança. A cumprirem-se os valores de 2011, são 30 milhões para a segurança (34 milhões de euros).
Todas estas despesas serão suportadas por três ‘entidades’ distintas. O governo tem a seu cargo a maior fatia, exatamente aquela que acabamos de falar, com recurso ao erário público. A família real, tal como anunciou logo por ocasião do noivado, será responsável por cobrir todas as despesas relativas ao casamento. Já o lado de Meghan Markle – à semelhança do que aconteceu com a de Kate Middleton – deverá pagar o vestido de noiva.
Imagem de destaque: Reuters
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