Estado alemão não vai pagar salários a confinados que não se vacinaram

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Os salários das pessoas não-vacinadas contra a covid-19 em breve deixarão de ser pagos pelo Estado na Alemanha durante os períodos em que tenham de fazer quarentena, anunciou o ministro da Saúde esta quarta-feira, 22 de setembro.

A decisão, negociada com as regiões alemãs, entrará em vigor a 1 de novembro. “Diz-se, por vezes, que se trata de uma pressão sobre os não-vacinados, mas eu penso que é preciso ver as coisas de outra maneira, é uma questão de justiça”, explicou Jens Spahn numa conferência de imprensa.

Até agora, as pessoas colocadas em quarentena eram indemnizadas para compensar a sua perda de rendimentos. Vários ‘Länder’ (Estados regionais) já puseram, contudo, fim a essa prática. “Aqueles que se protegem e protegem os outros através da vacinação colocam-se justificadamente a questão de saber por que pagar a alguém que estava de férias numa zona de risco e que, porque não está vacinado, tem de ser colocado de quarentena, porquê pagar a uma pessoa assim”, argumentou.

Quando as pessoas dizem que é sua livre decisão pessoal – e continua a ser a sua livre decisão pessoal – vacinarem-se ou não, essa decisão deve também ser acompanhada da responsabilidade de assumir as respetivas consequências financeiras“, defendeu o ministro.

Perto de metade dos inquiridos (48%) é contra essa indemnização e 43% são a favor dela, segundo uma sondagem Yougov divulgada na segunda-feira. Mais de 52 milhões de pessoas (63,4% da população) foram até agora vacinadas com duas doses das vacinas contra a covid-19 na Alemanha, onde o Governo está a ter dificuldade em acelerar o ritmo do processo de vacinação.