Apesar das múltiplas campanhas pela diversidade e pela inclusão, a busca pela perfeição e pela correspondência aos padrões impostos pela sociedade continuam a crescer. As cirurgias estéticas surgem, então, como caminho cada vez mais comum para tentar atingir esse tal estado considerado imaculado. Contudo, chegam com perigos e com riscos sérios para a saúde, existindo algumas em que apenas 8% têm êxito e ficam livres de complicações.
De acordo com um estudo levado a cabo pela empresa norte-americana de venda online de óculos, a mais arriscada cirurgia pode levar à cegueira. Trata-se de um tratamento para mudar a cor dos dos olhos e que apresenta um risco clínico de perda de visão, glaucoma e danos à córnea que podem chegar aos 92,3%. A intervenção cirúrgica carece de uma a oito semanas de recuperação e o tratamento não está autorizado pelas autoridades de saúde norte-americanas, entre eles a FDA.
Os liftings aparecem também nesta lista de cirurgias estéticas arriscadas: o das coxas apresenta complicações para coágulos sanguíneos, infeção e alteração da sensação da pele estão estimadas em 78%.
Os injetáveis, muitos deles a serem aplicados por pessoas não habilitadas para o efeito, acarretam riscos na ordem dos 64,61%. Reações alérgicas e assimetrias são apenas alguns dos efeitos nefastos destes tratamentos conhecidos também como “procedimentos da hora de almoço”, por serem de aplicação rápida e acessível. O body lift chega a ter mais de 40% de perigos.
Segue-se o levantamento do rabo, conhecido como Bum-Bum brasileiro, que, pelo perigo de embolia e complicações graves, apresenta um risco estimado quase a tocar os 38%, refere o estudo que procurou tipificar os riscos numa escola de zero a um para criar unidades comparáveis, dando depois pesos distintos consoante o risco em causa para a saúde.
Os resultados do estudo da Overnight Glasses devem levar a considerar os perigos e a obrigar a muitas perguntas antes de se submeter a uma intervenção estética.