Estas são as zonas do corpo que as mulheres se esquecem de proteger

Em época de praia e maior exposição solar, a necessidade de proteger o corpo dos raios ultravioleta (UV) não é uma novidade, mas há zonas particularmente sensíveis e algumas são frequentemente esquecidas. No caso das mulheres, são o colo e o peito as que acabam por ser negligenciadas, quando se trata de proteção reforçada dos perigos do sol.

“Uma zona que é muito esquecida é o decote”, começa por afirmar, ao Delas.pt, a dermatologista Sofia Magina. A especialista explica que “as mulheres já estão consciencializadas para proteger a face, porque sabem que faz rugas e manchas na pele e já estão sensibilizadas para reforçar o protetor solar, pelo menos a partir de uma determinada idade”, só que o mesmo cuidado não se aplica a outras áreas sensíveis do seu corpo.

“Sistematicamente, esquecem-se do decote, e este e a zona do peito são muito sensíveis aos efeitos nocivos da radiação ultra violeta e, portanto, devem ser tratados como a face. Devem ser zonas muito protegidas”, defende a médica, proprietária da Clínica de Dermatologia Prof.ª Sofia Magina, no Porto.

Além da face e do decote e peito, também os ombros, o dorso, e no caso dos homens que forem carecas, o couro cabeludo, são zonas do corpo particularmente mais sensíveis.

Proteção vs bronzeado

Segundo Sofia Magina, deve usar-se um protetor solar sempre com um índice a partir de 30 – na fotogaleria, em cima, veja os melhores produtos com esse fator de proteção, segundo a DECO.

“Abaixo dos 30 não protege nada, porque nós aplicamos pouca quantidade”, sublinha a dermatologista, acrescentando que se estima que “o que aplicamos normalmente seja um quarto da quantidade que foi testada em laboratório”. “Aplicamos pouca quantidade, poucas vezes, e portanto não temos um índice de proteção como está no rótulo, temos muito menos”, remata.

Num dia de praia, deve ser reforçada a aplicação do protetor solar, com índice acima de 30, sempre que se vem do mar, porque o protetor sai com os banhos e quando se enxuga o corpo na toalha. E “idealmente”, aponta Sofia Magina, devemos reforçar a aplicação nas zonas sensíveis, de duas em duas horas”.

A dermatologista desmistifica a crença de que a aplicação de protetores com índice elevado impede que a pele se bronzeie. O que eles fazem é permitir que o bronzeado seja gradual e menos intenso, e, por isso, mais saudável.

Mais uma vez, também neste campo, é o rosto e o decote que pagam a fatura mais elevada, até a nível estético, de comportamentos irresponsáveis e bronzeados apressados.

“Na realidade, a partir dos 30 anos ficar muito bronzeada na face e no decote acaba por ser um risco, porque é uma agressão”.

A alternativa para quem não quer prescindir de um tom de pele mais escuro é o recurso à maquilhagem, como os pós-bronzeadores. O importante mesmo é evitar a sobre exposição solar, porque as consequências a longo prazo não compensam. Uma delas é o foto-envelhecimento.

“A partir de uma determinada idade – 30, 35 anos – a pele deixa de pigmentar de forma homogénea e começa a ficar com manchas castanhas que vão sendo cada vez mais intensas à medida que os anos vão passando”. Por isso, alerta, bronzear a pele do rosto “de forma intensa, com ou sem protetor, a partir dessa idade, é completamente desaconselhado”.

Óleos e cremes protetores

Da mesma maneira que os cremes protetores não impedem que a pessoa se vá bronzeando, também os óleos com fator de proteção elevado são uma boa barreira contra os raios UV. A maior diferença é que “permanecem menos tempo na pele”, refere.

“Há pessoas que gostam da textura do óleo. E se for um óleo com proteção 50, não me parece mal. O problema são as pessoas que usam óleos com o objetivo de bronzear mais e sem proteção”.

Os óleos autobronzeadores não têm, por si só, riscos ou efeitos negativos na pele, simplesmente não têm proteção, portanto, não dispensam a aplicação dos protetores solares.

“Se as pessoas fizerem e sua proteção solar, mas, porque não bronzearam tão bem, gostam de, a seguir, aplicar esses produtos, não vejo inconveniente”, conclui Sofia Magina.

 

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