Estas três mulheres vão fazer história e arbitrar no Mundial do Catar

Stéphanie Frappart Yoshimi Yamashita Salima Mukansanga
[Fotografia: Montagem /AFP]

Stéphanie Frappart, tem 38 anos, Yoshimi Yamashita, 36, Salima Mukansanga, 34. Elas são o rosto feminino que a arbitragem vai ter presente no Mundial do Catar 2022 e no qual a seleção portuguesa portuguesa participa no grupo H.

A primeira é francesa, a segunda japonesa e a terceira ruandesa e, juntas, farão história por serem as primeiras mulheres convocadas para apitar os jogos num Mundial que decorre num país em que a igualdade de género está longe de estar alcançada e num torneio que já emitiu um conjunto amplo de restrições a adeptas do sexo feminino.

As três juízas integram o grupo de 36 árbitros principais, na sua indiscutível maioria do sexo masculino. Com elas neste campeonato, que decorre de 20 de novembro a 18 de dezembro deste ano, estarão as assistentes em campo Neuza Back, brasileira, de 38 anos, Karen Díaz Medina, mexicana, também com a mesma idade, e Kathryn Nesbitt, americana com 33 anos.

“Há vários anos elas têm vindo a colecionar prestações de alto nível”, congratulou o atuual presidente do Comité de Arbitragem da FIFA, Pierluigi Collina, em declarações à agência noticiosa AFP.

Stephanie Frappart [Fotografia: Sylvain THOMAS / AFP]
Stephanie Frappart [Fotografia: Sylvain THOMAS / AFP]
Recorde-se que Frappart tem feito história em França, país de onde é natural, mas também em toda a Europa ao ter já estado diante de provas masculinas no Campeonato Francês, Liga Europa e Liga dos Campeões. “Estou muito emocionada porque não era algo que eu necessariamente esperava”, refere a árbitra.

Yoshimi Yamashita [Fotografia: Kazuhiro NOGI / AFP]
Yoshimi Yamashita [Fotografia: Kazuhiro NOGI / AFP]
A antiga professora de educação física a tempo parcial Yoshimi Yamashita tem, por sua vez, vivido evolução semelhante no Japão, tornando-se na primeira mulher a arbitrar um jogo da Liga dos Campeões da Ásia, em 2019. Apitar um Mundial “é uma grande responsabilidade, mas estou feliz por a ter”, disse a japonesa à AFP.

Salima Mukansanga [Fotografia: Kenzo Tribouillard / AFP]
Salima Mukansanga [Fotografia: Kenzo Tribouillard / AFP]
Em 2022, Salima Mukansanga, de 34 anos, foi a primeira mulher a dirigir um jogo da Taça das Nações Africanas. A ruandesa, que um dia sonhou ser jogadora profissional de basquetebol, via a sua vida mudar aos 20 anos, quando iniciou o seu percurso como árbitra no Campeonato Nacional Feminino de futebol, no seu país natal.

“É sinal forte da FIFA e das organizações para que as mulheres arbitrem nesse país. Não sou porta-voz feminista, mas se isto pode fazer as coisas avançarem…”, antecipa Frappart, consciente de “desempenhar um papel” de modelo para toda uma geração de futuras árbitras. Garante que o seu trabalho já não se impõe “por uma questão de género, mas sim de competência”, declarou à agência de notícia.

Com AFP