Foram quase seis meses de negociações apertadas e, desde 24 de setembro – data das eleições -, não era garantido que formar uma coligação partidária que reconduzisse Merkel no poder e a colocasse perante o quarto mandato. Mas a solução chegou esta manhã de domingo, 4 de março, com os sociais-democratas alemães do SPD, a votarem o “sim” à integração do novo governo e a porem termo a um impasse na política executiva germânica.
Os militantes do SPD aprovaram o acordo com a CDU (de Merkel) e a União Social-Cristã (CSU), que foi decisivo para a formação de um governo de coligação na Alemanha. Ou seja, cerca de 66% dos votantes na consulta interna dos sociais-democratas deram o “sim” à coligação para um Governo liderado por Merkel, que vai agora poder iniciar o seu quarto mandato como chanceler.
Chanceler outra vez, a partir deste mês
Merkel deverá ser formalmente eleita para o cargo pelos deputados em meados desde mês. Com o acordo aprovado pelos militantes, a câmara baixa do parlamento, Bundestag, deve aprovar o novo governo a 14 de março, quase seis meses depois das eleições.
A chanceler afirmou, este domingo, que a aprovação pelos sociais-democratas alemães da coligação governamental com os conservadores é “para o bem da Alemanha”, admitindo que há ainda “muito a fazer” no país.“É uma boa decisão para o SPD e, em especial, para a Alemanha. O novo governo tem muito trabalho para fazer e deve começar a fazê-lo rapidamente. Foi um resultado claro”, indicou a chanceler alemã. Num comunicado, Merkel comentava a aprovação por mais de dois terços dos militantes do SPD do acordo de coligação com os conservadores, num referendo interno.
A secretária-geral da União Democrata-Cristã (CDU), Annegret Kramp-Karrenbauer, também se congratulou com os resultados da votação interna do SPD, seguindo a mesma linha de Merkel: “é uma boa decisão [para os sociais-democratas] e, sobretudo, para o país”.
Segundo Kramp-Karrenbauer, e continuando no mesmo tom de Merkel, o SPD assume, assim, “a sua responsabilidade institucional” num Governo conjunto e que tem muito trabalho pela frente.”Há um acordo de coligação negociado que é uma boa base para construir os pilares do futuro, através de melhorias concretas. Agora é o tempo de trabalhar e torná-lo realidade”, indicou a secretária-geral da CDU.
CB com Lusa
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