Investigadores canadianos da Universidade McGill concluíram que o uso de sabores nos cigarros eletrónicos enfraquece e as defesas naturais dos pulmões, tornando mais difícil para o corpo debelar bactérias perigosos e travar a doença. O estudo laboratorial, publicado na revista científica PNAS, foi feito em ratos expostos ao fumo de cigarros sem e com vários aromas, durante vários dias, sendo monitorizados em tempo real para observar a mudança nas células imunológicas pulmonares.
Ao inalarem o vapor com sabor de frutas vermelhas, as células responsáveis por removerem partículas prejudiciais no trato respiratório inferior enquanto se movem pelos pulmões ficaram imóveis e o comportamento imunológico alterou-se deixando de comprimir as bactérias para apenas as examinar, comprometendo a taxa de sobrevivência dos ratos examinados.
“Precisamos de ter cuidado com os tipos de sabores que estamos a incluir nestes produtos. Podem ter efeitos prejudiciais”, afirma a coautora do estudo e professora assistente do Departamento de Farmacologia e Terapêutica da Universidade McGill, Ajitha Thanabalasuriar, citada em comunicado.
De entre as limitações ao estudo, que pode ler no original aqui, está o facto de não terem sido testados mais sabores, de os resultados detetados nos animais não serem totalmente replicáveis para seres humanos e de não ser conhecida a análise dos efeitos a longo prazo.