Este é o número de pessoas que tem telemóvel no mundo. E é impressionante

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[Fotografia: Adrienne Andersen/ Pexels]

Em 2022, cerca de três em cada quatro pessoas (75%) com mais de dez anos de idade têm um telemóvel, embora um terço das pessoas no mundo ainda não esteja ligada à Internet.

“Os telemóveis são a porta de entrada mais comum para usar a Internet, e a percentagem de propriedade serve como um indicador de disponibilidade e de acesso à rede”, comentou a União Internacional de Telecomunicações (UIT) no relatório anual sobre conectividade global.

O estudo Facts and Figures 2022 [Factos e Números 2022] destaca que possuir um telemóvel não significa ter acesso à Internet, especialmente em economias de baixos rendimentos, onde o custo dos serviços de banda larga ainda é muito alto.

Segundo dados recolhidos pela UIT, 95% das pessoas que vive em países ricos possui telemóvel, enquanto em países pobres o índice cai para 49%.

O relatório destaca que o acesso à Internet continua a crescer, mas menos rapidamente. Atualmente, estima-se que 5,3 bilhões de pessoas, 66% da população mundial, usem a Internet. A parte de todo mundo que não está conectado à rede vive nos países mais pobres.

A percentagem de pessoas que usa a Internet não parou de aumentar nos últimos anos e teve uma forte “alta” em 2020, disse Thierry Geiger, economista-chefe da UIT, à AFP.

Mas ainda há um longo caminho a percorrer, porque “muitas pessoas continuam a viver na escuridão digital”, destaca Doreen Bogdan-Martin, que no início de 2023 se tornará a primeira mulher a liderar essa agência. “O acesso à Internet está a aumentar, mas não com a velocidade e a equidade necessárias em todo mundo”, acrescentou em um comunicado sobre o relatório.

A diferença numérica entre ricos e pobres também inclui uma diferença de género. Embora as mulheres representem quase metade da população mundial, há menos 259 milhões de mulheres do que homens com acesso à Internet. Apenas 63% das mulheres usam a Internet em 2022, em comparação com 69% dos homens, indica o relatório.

com AFP