Estes 8 alimentos viciam mesmo! Afinal, não temos culpa

Não resiste ao chocolate, queijo ou batatas fritas? A ciência explica: estimulam tão agradavelmente o cérebro que este quer mais, mais e muito mais.

Quando se fala de dependências pensamos em drogas ou álcool, mas alguns alimentos também são alvo de desejos incontroláveis, pois “provocam a libertação de dopamina, um neurotransmissor que promove a sensação de prazer, e que nos leva a procurar constantemente esta sensação de recompensa”, explica a nutricionista Ana Rita Lopes. O processo é, de facto, semelhante ao causado pelo tabaco e drogas ilícitas, o que muitos destes alimentos até deveriam ser: altamente processados, ricos em gordura, açúcar, sal e com um elevado índice glicémico, são na sua maioria prejudiciais à saúde.

Ser ou não dependente relaciona-se, sobretudo, com as quantidades e regularidade com que se ingerem estes amigos da compulsão. Se sair de quando para partilhar uma pizza ou sorvete com amigos é até saudável (pelo menos do ponto de vista emocional); quando estas iguarias servem de almoço todos os dias instala-se facilmente uma rotina difícil de quebrar.

Além da relação de prazer entre o cérebro e o prato, alguns investigadores do American College of Sport Medicine e do Institute of Functional Medicine defendem, ainda, que a falta de controlo sobre os alimentos remonta a tempos ancestrais, quando o ser humano nunca sabia quando seria a próxima refeição. A grande preocupação do organismo era, na altura, providenciar reservas extra de energia para épocas em que a natureza fosse menos generosa. Por esse motivo, alegam, além de termos tendência para comer mais do que o necessário, os alimentos mais viciantes são também os mais calóricos.

Pode conferir aqui na nossa galeria aqueles que na escala americana YFAS – Yale Food Addiction Scale, apresentam maior grau aditivo.

Estratégias de prevenção
Segundo Ana Rita Lopes, “a perceção do alimento como vício ainda é muito recente e complexa, mas será muito importante para perceber melhor o problema da obesidade”. Enquanto a medicina não oferece respostas ou eventuais tratamentos, a nutricionista deixa-nos algumas estratégias para evitar hábitos difíceis de abandonar:

  • Evite jejuns prolongados, uma vez que, quanto mais fome sentir, menor resistência terá perante os “alimentos tentação”;
  • Faça as compras de casa com uma lista predefinida e, de preferência, após uma refeição;
  • Não tenha em casa alimentos que considere viciantes – serão irresistíveis enquanto estiverem na prateleira;
  • Coma apenas quando sentir fome e não quando sentir “desejos”. Nessa altura procure fazer algo que lhe dê prazer. Telefone a um amigo ou vá até ao ginásio “produzir endorfinas”;
  • Evite o stresse e controle as emoções;
  • Diversifique a alimentação para evitar carências, que possam eventualmente suscitar desejos por alimentos menos saudáveis.