Estes dois tipos de alimentos reduzem o risco de cancro da mama em 20%

Os tratamentos para o cancro da mama têm evoluído bastante ao longo das últimas décadas, mas tem sido um desafio para os cientistas compreender como se pode evitar o aparecimento da doença. Um novo estudo que foi apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, nos EUA, concluiu que ter uma dieta com baixo teor de gordura, semelhante à alimentação que os médicos recomendam para cuidar da saúde do coração – rica em frutos e vegetais -, reduz o risco de cancro da mama em 20%.

A investigação foi feita com base nos dados recolhidos pela Iniciativa Saúde da Mulher, um enorme ensaio que teve início em 1993 e foi patrocinado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA com o objetivo de saber mais sobre os efeitos da terapia hormonal, dieta e certos suplementos em mais de 161 mil mulheres. Os cientistas, liderados pelo médico Rowan Chlebowski, do Instituto de Investigação Biomédica de Los Angeles e do Centro Médico de Harbor-UCLA, trabalharam com 49 mil mulheres que lhes foram atribuídas aleatoriamente.

Durante o estudo, um dos grupos teve de reduzir a ingestão de gordura para 20% do total de calorias da sua dieta diária e aumentar o consumo de frutas e legumes. Segundo os peritos, as gorduras não deviam ser abolidas, mas sim substituídas por gorduras saudáveis.

Enquanto isso, o outro grupo de mulheres não fez alterações na sua dieta. Ambas as equipas seguiram estas instruções durante 8,5 anos (percorra a galeria de imagens no topo do texto para ver os fatores que impedem as mulheres com cancro da mama de desfrutar da sua sexualidade, bem como algumas das medidas que podem ajudar a melhorar a sua saúde, também nesse campo).

No início da investigação, nenhuma das mulheres tinha cancro da mama. No final, as taxas de incidência da doença eram as mesmas em ambos os grupos. No entanto, as mulheres que seguiram uma dieta com baixo teor de gordura e foram diagnosticadas com cancro da mama tiveram 35% menos probabilidade de morrer por qualquer causa em comparação com as mulheres que seguiram uma dieta normal.

“Este é um resultado muito excitante para nós.”

De acordo com os dados dos casos seguidos durante mais tempo, o risco de morrer especificamente de cancro da mama foi 20% mais reduzido em mulheres que seguiam uma dieta com baixo teor de gordura do que naquelas que não alteraram a sua nutrição. Mesmo 20 anos depois do início do estudo, as mulheres com dietas com baixo teor de gordura apresentaram um risco de mortalidade 15% menor.

“Este é um resultado muito excitante para nós. Agora temos provas aleatórias de ensaios clínicos de que a moderação dietética, que é alcançável por muitos, pode ter benefícios para a saúde, incluindo a redução do risco de morte por cancro da mama”, explicou Rowan Chlebowski à revista Time.

Os estudos anteriores a este não atribuíram dietas específicas às voluntárias, analisando apenas os resultados com base naquilo que as mulheres, por conta própria, optaram por comer.

Até este estudo faltavam dados que mostrassem que uma abordagem dietética reduz realmente o risco de morte por cancro da mama. Muitos de nós que querem incluir a dieta e o exercício físico no plano de tratamento do cancro estão entusiasmados com estes dados experimentais porque é o primeiro a mostrar, de uma forma muito robusta, que podemos melhorar os resultados e prevenir mortes relacionadas com o cancro mudando apenas a dieta”, acrescentou Neil Iyengar, oncologista no Memorial Sloan Kettering Cancer Center.

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Testemunho: O cancro da mama não é uma sentença de morte