Estes são os erros mais comuns que cometemos com o álcool gel

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A pandemia causada pela Covid-19 trouxe várias alterações à nossa vida: o uso obrigatório de máscaras em quase todos os locais, a desinfeção constante das mãos com o álcool gel e, claro, o distanciamento daqueles que mais gostamos. E quais serão os erros que cometemos pelo caminho?

Sabemos que existem alguns erros comuns ao utilizarmos as máscaras de proteção individual, assim como também existem na aplicação do álcool gel nas nossas mãos. Numa altura em que Portugal volta a entrar em estado de calamidade e mais normais são impostas, para impedir a propagação descontrolada do vírus, é importante evitar ao máximo comportamentos de risco.

Assim sendo, reunimos alguns erros que muitos tendem a fazer nesta rotina de nova normalidade, para que saibamos exatamente o que evitar. Veja abaixo:

Erro na escolha do produto

Sabemos que nem todos os desinfetantes são iguais, mas há alguns que podem mesmo não ser os mais indicados. Segundo um epidemiologista entrevistado pelo Huffpost, é aconselhado o uso de desinfetantes que “contenham pelo menos 60% de álcool etílico ou 70% de álcool isopropílico”, pois são os que eliminam os germes de maneira mais eficaz.

“Usar um produto que é apenas bactericida pode dar-lhe uma falsa sensação de segurança, pois não oferece proteção contra os patógenos virais como o SARS-CoV-2”, afirmou, acrescentando que alguns produtos, como lenços húmidos, podem nem mesmo ser antimicrobiano. “Podem ter alguma utilidade na desodorização e remoção de sujidade visível, mas não terão um efeito significativo no SARS-CoV-2”, terminou por explicar.

Não utilizado o produto tempo suficiente

Sabia que deve lavar as mãos durante, pelo menos, 20 segundos? Pois bem, a aplicação do álcool gel deverá durar o mesmo período de tempo. Devemos esfregar o desinfetante nas mãos por 20 a 30 segundos, “certificando-nos de que esfregamos até que tudo evapore”, explicou.

Usar pouco

Utilizar pouco álcool gel durante a desinfeção das mãos pode significar pouca proteção e eficácia na ação, explica o especialista ao mesmo meio. Muitas vezes, as pessoas pensam que tirar o excesso do produto ou até mesmo usar uma pequena gota é suficiente, mas na realidade pode não ser.

Não está a lavar a mão toda

Qualquer parte das nossas mãos que deixamos sem higienização pode conter partículas do vírus. Portanto, mesmo que tenha tocado em algo apenas com um dedo, sempre deve higienizar adequadamente todas as mãos – de frente para trás – por segurança. Faça-lo nas mãos inteiras, incluindo dedos e unhas.

Não guarda corretamente a embalagem

“Deve sempre seguir as instruções do fabricante em termos da temperatura em que a embalagem deve ser mantida”, uma vez que a temperatura errada pode afetar a potência de um produto.

Não permite o produto secar

É importante não limpar as mãos antes que o desinfetante seque. “Tentar acelerar o processo de secagem com uma toalha vai limitar a eficácia do desinfetante, pois removemos o produto antes que ele consiga fazer o seu trabalho”, afirmou o epidemiologista.

Todos os sanitizantes e desinfetantes exigem um certo tempo de contacto com uma superfície para conseguir matar os patógenos aos quais se destinam. “Removê-los prematuramente pode secar as suas mãos mais rapidamente, mas também pode tornar o desinfetante ineficaz – dando a impressão de que está protegida quando não está”, disse.

Não desinfeta outros itens em que toca

Higienizar as mãos mas esquecer-se de higienizar, por exemplo, o seu cartão de crédito, chaves ou telemóvel, pode deixá-la vulnerável a infeções. “Recomendo que coloque o desinfetante para as mãos em todos os itens de alto toque que traz consigo no momento da higienização”, disse Hughes.