“Estive muito perto de um colapso completo”, diz Harry sobre morte de Diana

O príncipe Harry esteve 16 anos sem falar da mãe e já pediu desculpa por isso. Depois de ter abordado, no ano passado, o impacto que a morte, faz este ano duas décadas, de Diana de Gales teve na sua vida, o quinto na linha de sucessão ao trono britânico voltou a frisar que ter reprimido todas as suas emoções “teve um efeito bastante sério” na sua vida, não apenas a nível pessoal, mas também profissional.

Em entrevista ao jornal ‘The Telegraph’, Harry, hoje com 32 anos, reforçou que a única maneira que encontrou para lidar com a perda foi “enfiar a cabeça na areia” e recusar-se a pensar na princesa. Em 2016, o príncipe já tinha dito que “a principal mensagem é que todos podem sofrer de problemas de saúde mental, seja um membro ou não da família real, seja um soldado ou uma estrela de desporto”.

“Provavelmente, estive muito perto de um colapso completo em numerosas ocasiões, quando todos os tipos de sofrimento, mentiras, equívocos e tudo estão a vir em direção a ti por todos os lados”, sublinhou agora.

Foi por insistência de William que recorreu à ajuda de um psiquiatra. “O meu irmão foi um grande apoio para mim. Ele dizia-me que isto não estava certo, que não era normal, que eu precisava de conversar com alguém sobre as coisas”.

Quando Diana de Gales morreu, vítima de um acidente de viação em Paris, França, William tinha 15 anos. No verão de 2016, durante uma visita a um centro médico que presta serviço especializado na assistência ao domicílio para adultos e crianças, o marido de Kate Middleton falou com Ben, um rapaz autista de 14 anos também órfão de mãe. “Sei exatamente o que sentes. Eu ainda sinto saudades da minha mãe todos os dias. É normal sentires-te triste e também é normal que não a esqueças. Mas o tempo é um grande aliado”, disse o filho mais velho da chamada Princesa do Povo e de Carlos de Inglaterra.

E terminou, afirmando que a cumplicidade entre irmãos pode ajudar na superação. “Como vocês são quatro rapazes, deveriam falar muito entre vocês. Nós, homens, não temos muito jeito para isso, mas é uma das coisas que devemos trabalhar. Falar ajuda muito”.