A piloto norte-americana Elena Myers, de 23 anos, era uma das maiores promessas do motociclismo mundial. Sim, leu bem. Era. Já não é. Em 2015, resolveu desistir da carreira desportiva sem dar justificações. Ninguém percebeu por que razão uma das maiores estrelas da modalidade abandonava assim o desporto. Agora, Elena veio revelar tudo: foi violada por um massagista do SPA do hotel Loews Philadelphia, nos EUA, depois da última corrida da temporada em 2014. Contou toda a história à revista norte-americana Philadelphia Magazine e partilhou o artigo na sua página de Facebook.
“Como a maioria de vocês sabe, não corro desde 2015. Muitos têm-me perguntado ‘Porquê?’, mas nunca respondi de forma completa a essa pergunta. A verdade é que estava com medo de falar sobre isso e perder o apoio dos meus amigos, família, fãs, patrocinadores e da minha comunidade de corridas. Também pensei que poderia enterrar a verdade, deixá-la longe e continuar como sempre fiz. Mas estava errada e não posso mais ficar calada”, escreveu Elena Myers na rede social.
Uma das razões que levou a norte-americana a falar do caso em público foi o facto de ter descoberto que Jerome McNeill, o homem que a violou, já tinha abusado sexualmente de uma menina de 12 anos.
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“Espero que isto ajude outros homens e mulheres em circunstâncias semelhantes a obter a ajuda de que precisam para lidar com o trauma que resulta da agressão sexual. Por favor, não fiquem em silêncio”, pediu a jovem.
Pouco depois de ser violada, Elena Myers ainda denunciou o caso aos funcionários do hotel e do SPA, mas não só não a ajudaram como desvalorizaram a situação, oferecendo-lhe uma refeição grátis como ‘compensação’ pelo crime esperando que tudo ficasse por aí. Esta resposta insólita que os responsáveis pelo hotel lhe deram por email após a denúncia, bem como a fotografia do violador, foi publicada no artigo da Philadelphia Magazine.
