Estudo: homens só se orientam melhor que as mulheres no mundo virtual

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Terá o sentido de orientação género? Sem querer começar aqui uma discussão, fomos investigar se as mulheres são assim tão más a orientar-se, necessitando de um guia masculino. Será que o sexo feminino é assim tão desorientado?

“A única coisa que aparentemente poderemos extrair com certeza das investigações é que as mulheres e os homens têm diferentes estratégias para se orientarem”, explica o neurocientista Kaja Nordengen no seu livro O Poder do Nosso Cérebro. E afirma: “Num campo real o resultado é claramente o mesmo para os dois géneros”.

O Poder do Nosso Cérebro , Kaja Nordengen, €15,90

Mas então que estratégias diferentes são essas? Enquanto as mulheres tendem a recorrer a pontos de referência para se orientarem, como por exemplo a presença de determinados objetos ou edifícios – como torres, igrejas ou outros espaços –, que as ajudem a perceber que já ali estiveram; os homens baseiam-se sobretudo nos pontos cardeais, independentemente dos pontos de referência que possam ter.

Ambos conseguem, por isso, orientar-se e chegar ao destino, mas, de acordo com Nordengan “dado que as mulheres se fazem valer de pontos de referência, vários estudos demonstraram que, em média, são melhores para encontrarem o caminho de regresso depois de terem ido a um local novo”.

No entanto, o especialista refere ainda que o nível de orientação também depende da situação em que a pessoa se encontre. Por exemplo, em videojogos, onde se recorre à orientação virtual, os investigadores afirmam que é normal ser o sexo masculino a ter melhores resultados, pois no geral são eles que têm mais experiência neste campo.

Mas, acima de tudo é importante perceber que todos os estudos realizados apresentam apenas resultados gerais, são o espelho de uma tendência e não uma representação fidedigna de todos os homens e todas as mulheres. Além disso, nem tudo está perdido: “Nascemos com uma capacidade base, mas, como em geral é sabido, o nosso cérebro tem plasticidade. A orientação espacial pode melhorar com a prática”, defende Kaja Nordengen.

[Imagem de destaque: Shutterstock]

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