Estudo indica que jovens usam cada vez menos o preservativo na primeira relação sexual

preservativo
[Fotografia: Deon Black/ Pexels]

Um novo estudo, apresentado pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, em conjunto com a Associação para o Planeamento da Família e o Centro Lusíada de Investigação em Serviço Social, indica que existe uma tendência para para a queda do uso de preservativo na primeira relação.

Este estudo mostra que 88% dos rapazes inquiridos, no ano passado, afirmaram usar preservativo na primeira relação sexual, o que se traduz numa queda de nove pontos percentuais relativamente a 2008.

O estudo intitulado “Jovens e Educação Sexual: Conhecimentos, Fontes, Recursos”, afirma que mais de metade dos adolescentes que mantém um relacionamento amoroso garantem não utilizar sempre o preservativo durante as relações sexuais.

Para a realização deste estudo foram inquiridos, via online, 2320 jovens e quase 60% refere que não usa a pílula e um quarto opta pelo coito interrompido como método contracetivo. Outro dos resultados deste estudo passa pelo decréscimo da preocupação com doenças sexualmente transmissíveis.

Maria Manuela, uma das coordenadoras do estudo, explicou ao Jornal de Notícias, que atualmente existe um menor conhecimento da sexualidade em relação a 2008.

Contudo, as raparigas mostram estar mais em informadas, sendo om 30% tem um bom conhecimento muito bom, já a percentagem nos rapazes não chega aos 18%.

Também a idade média da primeira relação foi um dos fatores de estudo e concluiu-se que aumentou ligeiramente para os 15 anos e cinco meses.

A importância das escolas para o esclarecimento dos jovens no que toca à sexualidade também é frisada por Duarte Vilar, diretor executivo da Associação Para o Planeamento da Família.

“Esperamos que este estudo sirva para se perceber quais são os pontos fracos e fortes e as mudanças nos conhecimentos dos jovens nestas áreas. Uma das recomendações que fazemos é que estas duas componentes se devem articular bastante bem nas escolas, ou seja, a educação para a saúde e a educação para a cidadania são dois aspetos da educação sexual e, por isso mesmo, as escolas devem articular estas duas componentes”, explicou me declarações à TSF.