Estudo mostra como #MeToo está a mudar os rapazes americanos

Um estudo da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), divulgado ontem, mostra que mais de dois terços dos jovens portugueses considera natural ter uma relação violenta e mais de metade dos inquiridos já sofreu atos de violência no namoro.

O inquérito envolveu cerca de 4.600 jovens, com uma média de idades de 15 anos, e os resultados voltaram a fazer soar os alarmes sociais e institucionais.

A secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, alertou para uma “banalização e mistificação” da violência entre casais, lançando um apelo aos “atores da sociedade” para que sejam “vigilantes e intensifiquem a sensibilização”, lembrando “os estereótipos que estão na base da violência entre mulheres e homens, rapazes e raparigas”.

Alguns desses estereótipos parecem estar a mudar, pelo menos junto dos jovens americanos, e devido à mediatização do movimento #MeToo. As conclusões são de um estudo promovido pelo canal de televisão MTV, que apoia a campanha e que em dezembro de 2017 realizou um inquérito a uma amostra de 1800 jovens, com idades entre os 18 e os 25 anos, para apurar a forma como o movimento está a influenciar as relações juvenis e a sua perceção sobre este tipo de assuntos.

O Delas.pt teve acesso aos números do estudo que revelam, entre outras coisas, como os rapazes alteraram o seu comportamento nas relações depois dos casos de assédio e abuso sexual denunciados pelo movimento ou como o #MeToo contribuiu para os jovens mudarem a sua perspetiva sobre a discriminação de género e as dificuldades das mulheres, no geral.

Veja na galeria, em cima, as conclusões do inquérito conduzido pelo MTV Insights Research.

 

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