
Utilizar uma maquilhagem com cores muito pesadas pode passar a mensagem de que a mulher tem menor capacidade mental e moral. NO estudo Behind the makeup: The effects of cosmetics on women’s self-objectification, and their objectification by others (Por trás da maquilhagem: os feitos dos cosméticos na autoobjetificação das mulheres e na sua objetificação por outros, em tradução literal)
A análise incluiu duas experiências diferentes: numa primeira, 1229 mulheres foram convidadas a aplicar maquilhagem numa fotografia sua, utilizando uma aplicação, consoante o cenário que lhe fosse dado: ter um encontro, entrevista de emprego, publicar uma foto nas redes sociais ou ir ao supermercado.
De seguida, pediram às mulheres que fizessem uma autoavaliação. No entanto, o grupo de especialistas percebeu que não teve qualquer impacto significativo na perceção que cada mulher tem de si o uso e quantidade da maquilhagem utilizada pela aplicação ou o cenário.
Na segunda fase da experiência, sujeitaram essas mesmas imagens a um grupo alargado de inquiridos de ambos sexos (2844 participantes), sendo-lhe pedido que classificassem essas mesmas imagens do ponto de vista do estatuto moral e capacidade mental.
Os investigadores verificaram que a quantidade de maquilhagem afeta a perceção que as pessoas têm das mulheres e do seu comportamento. As que usam mais maquilhagem foram vistas como tendo menos capacidade mental e status moral, já as que tinham optavam por soluções mais escuras e carregadas foram percecionadas como tendo mais sexo e foram consideradas como fisicamente mais atraentes.
Conclusões que denunciam que, embora as mulheres sofram pressão cultural para usar maquilhagem, os estereó30tipos negativos que se abatem sobre as consumidoras podem levar a perceções que lhes são prejudiciais.