CE: “A independência económica das mulheres é a melhor proteção contra a violência”

Os Direitos das Mulheres em Tempos Turbulentos estão a ser discutidos esta semana, desde segunda-feira 20, em Bruxelas, onde a Comissão Europeia vai apresentar um Plano de Ação, para 2018-2019, para acabar com as diferenças salariais entre géneros. Conheça o plano em detalhe, bem como as propostas específicas, na galeria acima.

Pôr em prática a teoria é o propósito deste encontro que aborda ainda questões como o assédio sexual, violência contra as mulheres e a tomada de posse de cargos de poder por parte do sexo feminino e que decorre até dia 21.

A igualdade de género é um direito fundamental e que está estabelecido nos Tratados da União Europeia. As mulheres de toda a Europa têm direito à igualdade, ao empoderamento e à segurança, mas esses direitos ainda não são uma realidade para muitas delas. O evento de hoje serve para ajudar a promover essas alterações comportamentais, para mudar as políticas e melhorar a vida dos nossos cidadãos”, disse o primeiro vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans em comunicado.

Organizado pela Direção-Geral da Comissão Europeia, conta com a presença de no políticos, pesquisadores, jornalistas, Organizações Não Governamentais, ativistas, empresas e organizações internacionais, que querem encontrar soluções que promovam e protejam os direitos das mulheres na União Europeia.

“As mulheres ainda estão sub-representadas nos cargos de tomada de decisão, tanto na política como no mundo dos negócios. Ganham menos 16% do que os homens em toda a União Europeia. A violência contra as mulheres é ainda generalizada. Isso é injusto e inaceitável na sociedade de hoje. As disparidades salariais de género devem acabar, porque a independência económica das mulheres é a melhor proteção que podem ter contra a violência”, afirmou Věra Jourová, Comissária da Justiça, dos Consumidores e da Igualdade de Género.

A sustentar a realização deste colóquio está também um inquérito do Eurobarómetro que concluiu que sete em cada dez europeus considera importante as mulheres terem um papel ativo na política, sendo necessário promover a paridade entre géneros nesta área. O inquérito indica ainda que 90% dos europeus não considera aceitável que as mulheres ainda tenham salários inferiores aos dos homens.

Mesmo longe é possível marcar presença no evento, quer via livestream, quer no Twitter @EU_Justifce e a #EU4Women que fará a cobertura e atualização regular.

[Imagem de destaque: Shutterstock]

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