É já esta terça-feira, 29 de maio, que os deputados vão debater e votar na generalidade a morte medicamente assistida. Um tema que não só divide a sociedade, como também o hemiciclo.
Para que ninguém fique arredado ou mal informado em torno desta discussão, a Assembleia da República produziu um dossiê no qual apresenta, sob perguntas simples, as propostas comparativas apresentadas pelos partidos. Uma matéria que pode consultar na íntegra aqui e que inclui os pareceres emitidos até ao momento, e um vídeo explicativo da ARTV.
Na galeria acima fique também a conhecer as múltiplas práticas e seus efeitos que têm sido registados um pouco por todo o mundo.
Votação nominal e imprevisível
Tanto os sociais-democratas como os socialistas concederam já liberdade de voto aos seus deputados nesta matéria. Falamos, claro, de 175 em 230 representantes. Embora tenha havido já declarações públicas do sentido de voto – como sucedeu, por exemplo, este fim de semana com António Costa, líder socialista e primeiro-ministro, posicionando-se a favor de prática -, certo é que nem todos o fizeram.
Também o líder do PSD, Rui Rio, deu carta branca aos deputados do partido para votarem de acordo com a sua consciência nesta matéria. Em declarações à TSF, o presidente dos sociais-democratas lamentava que os que estavam contra a proposta – portanto, “do lado do não” – estivessem a exercer “pressão excessiva” sobre quem quer aprovar a despenalização da morte assistida.
Manifestamente contra os projetos de lei sobre a despenalização da morte assistida estão o CDS-PP e PCP, unindo os partidos da direita e da esquerda.
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