Eutanásia passa no Parlamento e vai ser discutida na especialidade

Os deputados portugueses discutiram e aprovaram esta quinta-feira, 20 de fevereiro, pela segunda vez desde 2018, a despenalização da morte medicamente assistida. E se há dois anos foi chumbada, agora o parlamento aprovou, na generalidade, os cinco projetos apresentados

Os diplomas preveem que só podem pedir a morte medicamente assistida, através de um médico, pessoas maiores de 18 anos, sem problemas ou doenças mentais, em situação de sofrimento e com doença incurável.

Após debate que durou duas horas e 44 minutos e votação nominal de 222 deputados presentes (de 230), os projetos passaram na generalidade e seguem – com múltiplas declarações de voto – à especialidade.

Recorde-se que os articulados propõem também a despenalização de quem pratica a morte assistida, nas condições definidas na lei, garantindo-se a objeção de consciência para os médicos e enfermeiros.

Na galeria acima, recorde como estava a legislação desta matéria em múltiplos países do Mundo, por ocasião de debate que houve em Portugal, em 2017.

Enquanto se debatia a Eutanásia, a possibilidade de referendar a matéria ganhou renovada dimensão, que nenhum partido deu sinais de propor. Apenas CDS e Chega admitiram vir a apoiar a proposta, numa altura em que grupos pró-vida e anti-eutanásia estão a recolher as 60 mil assinaturas para se realizar.

Quanto aos resultados das votações desta quinta-feira, 20 fevereiro, o projeto do PS foi o mais votado, com 127 votos, 10 abstenções e 86 votos contra, sendo o do BE o segundo mais votado, com 124 deputados a favor, 14 abstenções e 85 contra.

O diploma do PAN foi aprovado com 121 votos, 16 abstenções e 86 votos contra. O projeto do PEV recolheu 114 votos, 23 abstenções e 86 votos contra, enquanto o diploma da Iniciativa Liberal recolheu 114 votos favoráveis, 23 abstenções e 85 contra.