Ex-PM da Tailândia desaparecida, chefe da junta militar reforça controlo na fronteira

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Yingluck Shinawatra foi a primeira mulher a presidir a um governo na Tailândia, depois de eleições que levaram às urnas 67 milhões de pessoas. Irmã de Thaksin Shinawatra, anterior primeiro-ministro do país, agora empresário com residência em Inglaterra, foi acusada pela oposição de ser a testa de ferro do irmão.

Durante o mandato aumentou o salário mínimo nacional e começou a desenvolver as infraestruturas de transportes. Acabou com a sua popularidade quando tentou fazer uma lei que muitos acusam de ser apenas para amnistiar o irmão dos crimes cometidos quando estava no governo.

Depois de massivas manifestações, em 2014 um grupo de militares afastou-a do poder. Estava agora a ser julgada por negligência mas não apareceu para ouvir a sentença e teme-se que possa estar em fuga.

O chefe da junta militar na Tailândia, general Prayut Chan-O-Cha, ordenou hoje o reforço dos controlos nas fronteiras, depois de a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra não ter comparecido em tribunal para a leitura da sentença.

“Ordenei o reforço dos controlos de segurança”, mas fronteiras mas também sobre todo o território, disse o general Prayut Chan-O-Cha à imprensa.

O Supremo Tribunal da Tailândia emitiu um mandado de captura para a ex-primeira ministra.

“O advogado disse que Yingluck Shinawatra está doente e que pede para adiar a sentença (…). O tribunal não acredita que ela esteja doente (…) e decidiu emitir um mandado de captura“, disse o juiz de Cheep Chulamon.

O julgamento da ex-primeira-ministra da Tailândia, acusada de negligência, começou em janeiro de 2016 em Banguecoque.

Yingluck Shinawatra incorre numa pena de dez anos de prisão.

Milhares de apoiantes de Yingluck Shinawatra estavam concentrados no exterior do Supremo Tribunal, onde se encontravam também mais de quatro mil elementos das forças de segurança, indicou a agência France Presse (AFP).

O governo da ex-primeira-ministra, de 50 anos, foi derrubado em 2014 pelo exército.