Um novo estudo revela que a prática de exercício físico moderado durante a gravidez não beneficia apenas a saúde da mãe e do feto como pode ter múltiplos benefícios no bebé depois de este nascer e durante a sua infância. Entre eles está o facto de ajudar a prevenir a obesidade infantil e distúrbios metabólicos.
Apresentado no encontro anual americano, de Biologia Experimental, que decorre até esta terça-feira em Orlando, na Florida, o estudo foi conduzido pela Universidade de Washington e partiu de experiências com ratos de laboratório.
A investigação comparou ratinhos que nasceram de mães que faziam exercício moderado durante 60 minutos, todos os dias, durante a gravidez, com outro grupo de controlo que não praticava exercício. Os ratinhos, que receberam uma alimentação rica em calorias, depois do desmame, mostraram diferenças consideráveis, explica o estudo, publicado entretanto, no Science Daily.
Os ratinhos nascidos de mães que fizeram exercício durante a gravidez queimaram as gorduras de forma mais eficiente e apenas alguns apresentavam sintomas de diabetes e doenças do fígado, o que os tornou menos propensos à obesidade e a problemas de saúde associados.
Apesar de a experiência ter sido feita apenas em ratos de laboratório, as conclusões permitem perceber que “a falta de exercício em mulheres saudáveis durante a gravidez pode criar predisposição nos seus filhos para a obesidade e para doenças metabólicas associadas, em parte por uma função termogénica prejudicial”, refere àquele site Jun Seok Son, coordenador da investigação.
“Com base nas nossas descobertas, recomendamos que as mulheres – sejam ou não obesas, tenham ou não diabetes – pratiquem exercício regular durante a gravidez porque isso trará benefícios à saúde do metabolismo dos seus filhos”, conclui o investigador.
Estudo revela como o exercício físico pode reduzir as dores menstruais
Mulheres pobres ficam obesas porque dão os melhores alimentos aos filhos