Exposição de pintura da rainha Maria Pia é prolongada até maio

Rainha D. Maria Pia
Fotografia de Paulo Alexandrino / Global Imagens

A exposição ‘Um Olhar Real. A Obra Artística da Rainha D. Maria Pia. Desenho, Aguarela e Fotografia’, patente na galeria D. Luís, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, foi prolongada até dia 30 de maio.

Em comunicado, o museu do palácio afirma que a exposição, inaugurada no passado dia 15 de dezembro, cujo encerramento estava previsto para a próxima sexta-feira, 21 de abril, é prolongada até 30 de maio, devido à “procura de público”.

A exposição foi visitada por “mais de 3.000 pessoas”, adiantou à agência Lusa fonte do museu.

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‘Um Olhar Real. A Obra Artística da Rainha D. Maria Pia’ revela “uma faceta menos conhecida da soberana”, disse em dezembro, à agência Lusa, o diretor do Palácio Nacional da Ajuda (PNA), José Alberto Ribeiro, referindo que a mostra se insere numa política que tem vindo a desenvolver, de “mostrar o acervo do palácio e dos seus interiores decorativos”.

Quanto aos dotes artísticos da rainha, o diretor do PNA afirmou que, em algumas obras, a qualidade demonstrada é “surpreendente”.

Sobre a exposição, José Alberto Ribeiro afirmou que “é muito heterogénea a obra da rainha, com uma qualidade, em algumas [das obras], surpreendente, em que se percebe que vai desenvolvendo o seu sentido estético e artístico, e que estendeu mais tarde este mesmo gosto de aprendizagem à fotografia”.

“Notamos nas suas obras uma abordagem e uma sensibilidade numa prática muito ligada à pintura e ao desenho ao ar livre, sendo muito atualizada pelas revistas e os livros que lia”.

Em exposição estão obras desde o início dos estudos artísticos da rainha, que chegou a Portugal, casada por procuração, com quase 15 anos, até finais do século XIX. A rainha Maria Pia morreu em Turim, em 1911, aos 63 anos. José Alberto Ribeiro realçou que a rainha “nunca deixou de pintar até ao final da vida”.

A exposição divide-se em dez núcleos, desde “influências e aprendizagem”, até ao dedicado ao Palácio da Ajuda, que “é um motivo de exercício constante para esta monarca”, passando por outros como “as obras em Itália, enquanto princesa de Saboia”, “atração pela natureza e a paisagem”.

Na coleção de fotografia, “há os registos de compras das máquinas fotográficas, em Paris, ao estúdio Nadar, livros de revelação fotográfica, e sabemos hoje que havia uma câmara escura no palácio da Ajuda, o que são absolutas novidades”.