“A Câmara Municipal de Constância tomou conhecimento que no dia de ontem [quinta-feira, 19 de dezembro] foi comunicado aos trabalhadores da empresa [Tupperware] que a mesma encerrará a 8 de janeiro de 2025”, lê-se na rede social da autarquia do distrito de Santarém. O presidente da Câmara, Sérgio Oliveira, acrescenta ainda que: “face a esta situação difícil para o nosso concelho e para a nossa região, deixamos uma palavra de solidariedade a todos os trabalhadores e respetivas famílias”.
Esta unidade de produção em Portugal e 100% dependente da casa-mãe, a norte-americana Tupperware, opera em Portugal desde 1980. Contudo, o anúncio de insolvência comunicado pela companhia, nos Estados Unidos da América, em setembro deste ano, deixava já um ratos de preocupação quanto ao futuro dos trabalhadores em Portugal. Agora, chega a resposta: a unidade com duas centenas de trabalhadores fecha portas no início do próximo ano.
Recorde-se que, em setembro deste ano, a icónica marca de utensílios de cozinha e armazenamento de alimentos e deu entrada com um pedido de falência. Uma decisão que surgiu mais de um ano depois dos alertas feitos pela marca indicando o risco do fim. Estávamos, então, a 10 de abril de 2023, quando a Tupperware alertou para risco de colapso e de incumprimento a curto prazo caso não não fossem encontrados novos financiamentos. Nesse mesmo dia, recorde-se, e as ações em bolsa tinham caído 50%. Quebras do mercado de valores mobiliários que voltaram a registar-se esta semana acelerando a decisão.
Apesar do ligeiro aumento de vendas no período da pandemia, o facto de as pessoas cozinharem mais em casa fez cair a procura. As múltiplas tentativas de inovar nos produtos procurando seduzir as gerações mais novas não registaram o impacto esperado, a que se juntou o aumento dos preços de produção, das matérias-primas e custos de transportes.