Farmácias vão ter testes rápidos ao VIH / sida e Hepatites B e C

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Dentro de 30 dias, farmácias e laboratórios de análises clínicas, em todo o país, vão poder realizar testes rápidos para detetar o vírus VIH / sida e Hepatites virais (B e C) sem receita médica. Em cerca de 15 minutos será possível saber o resultado que, caso seja positivo, terá que ser confirmado numa instituição médica.

A adesão dos estabelecimentos à venda e realização dos testes de rastreio é voluntária e ainda não existem preços predefinidos.

Quem decidir realizar o teste apenas terá de picar o dedo, para serem recolhidas algumas gotas de sangue, e aguardar uns minutos pelo resultado. Apesar de fiáveis estes não são considerados testes de diagnóstico, servindo apenas para um despiste rápido: “Os testes fazem a pesquisa de anticorpos ou antigénio e não da infeção. O resultado passa por verificar a necessidade de encaminhar a pessoas para uma consulta e um diagnóstico”, indicou à agência Lusa, dirigente do Grupo de Ativistas sem Tratamento (GAT), Luís Mendão. Daí que perante resultados positivos, o utente tenha que ser encaminhado para a realização dos testes convencionais de laboratório.

A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos (OF), Paula Martins, declarou ao jornal Público, que: “Estes testes serão efetuados em condições de privacidade, num gabinete, os resultados serão transmitidos ali e a ocasião será aproveitada para fornecer informação adicional”, como dita o despacho publicado esta manhã, 12 de março, em Diário da República.

De acordo com o despacho, a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Farmacêuticos, o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) e as associações de farmácias têm agora 30 dias para dar a conhecer as normas necessárias para colocar em prática a medida.

Até agora o Plano Nacional de Saúde permitia realizar este tipo de testes, de forma gratuita, em hospitais, centros de saúde, centros de aconselhamento de deteção precoce da infeção VIH / sida (CAD), centros de respostas integradas para comportamentos aditivos e dependências (CRI) e em diversas organizações de base comunitária.

[Imagem de destaque: Shutterstock]

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