Felipe e Letizia: 12 anos de casamento em imagens

Quando, a 22 de maio de 2004, a jornalista da TVE Letizia Ortiz se casou com Felipe Juan Pablo Alfonso de Todos los Santos de Borbón y Grecia (nome de batismo do então príncipe Felipe), sabia que estava, mais do que a dar o nó com um homem, a unir-se para sempre com uma instituição.

Letizia, pivô da TVE, divorciada, trouxe uma lufada de ar fresco à casa real espanhola. Jovem, bonita, espontânea (“deixa-me falar”, disse Ortiz aquando o anúncio do noivado, em 2003, interrompendo assim o herdeiro ao trono espanhol), uma mulher moderna. A mulher que, 10 anos depois, se tornaria rainha. De Espanha. De um país, à época da coroação, em junho de 2014, dividido. Dilacerado por uma crise económica, contestando a utilidade de uma família, a real, ela própria também dilacerada por anos de escândalos, infidelidades, silêncios.

Felipe VI e Letizia são maratonistas nos seus papéis de rei e rainha. Têm pela frente uma pesada herança, contraditória até, deixada por Juan Carlos: o homem que restaurou a liberdade em Espanha, que modernizou o país, mas que também o deixou desconfiado da instituição monárquica, desconfiança essa fruto das suas vicissitudes de monarca, dos seus vícios, dos segredos que escondeu dos seus súbditos.

O futebol (os reis festejaram este domingo o seu 12º aniversário de casamento em pleno estádio Vicente Calderón, em Madrid, na final da Copa del Rey), as idas ao cinema, os concertos e, antes disso tudo, as filhas, ocupam os poucos tempos livres de Felipe e Letizia. A educação da princesa Leonor, de 10 anos, que um dia será rainha, e da irmã, Sofia, de nove anos, é a prioridade máxima do casal.