Festa Literária Internacional de Paraty homenageia vozes negras femininas

Mulher

A edição deste ano da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), no Brasil, homenageia as vozes negras femininas. Ao longo do evento, que dura até domingo, 30 de julho, a identidade negra feminina, nos livros e não só, está em destaque.

No último dia da festa a escritora Conceição Evaristo, autora de “Insubmissas Lágrimas de Mulheres”, presta um tributo a vozes femininas africanas e da diáspora negra, como Angela Davis, Audre Lorde, Carolina de Jesus, Josefina Herrera, Nina Simone, Noémia de Sousa, Odete Semedo, Paulina Chiziane e Toni Morrison.

Esta sexta-feira a jornalista portuguesa Joana Gorjão Henriques, que publica no Brasil o seu livro “Racismo em Português”, participa num encontro com Lázaro Ramos, sobre identidades e as relações de cor nos países da lusofonia.

O encontro acontece um dia depois da escritora angolana Djaimilia Pereira de Almeida ter apresentado o seu livro, “Esse cabelo”, lançado em Portugal, em 2015, um livro entre a ficção e o ensaio, de raiz autobiográfica, que se centra numa rapariga de origem africana, filha de mãe angolana e de pai português, que cresce em Lisboa.

Outra das figuras de peso nesta homenagem da 15ª. edição da FLIP às vozes negras femininas é a cineasta brasileira Yasmin Thayná, que se prepara para lançar o livro “Cartas a meu pai branco”e que dirigiu “Kbela, o filme”, sobre ser mulher e tornar-se negra.

A chilena Diamela Eltit, cofundadora do grupo de vanguarda Colectivo de Acciones de Arte, e a ruandesa Scholastique Mukasonga, definida como “uma das principais vozes africanas“, completam o leque de participantes nesta iniciativa do evento.