Filha adotiva de Woody Allen acusa-o de abuso sexual, outra vez

Dylan Farrow, filha adotiva da atriz Mia Farrow, com quem Woody Allen manteve uma relação amorosa durante anos, acusou novamente o realizador de ter abusado sexualmente dela. Na carta aberta publicada esta semana no jornal Los Angeles Times questiona por que razão Woody Allen não foi apanhado na onda da revolução #MeToo e continua impune – com trabalho, um contrato de milhões e o apoio dos pares, ao contrário de outros que se viram despedidos e julgados em praça pública.

Os factos relatados reportam-se à infância de Dylan que diz ter sido sexualmente agredida a partir dos 7 anos de idade. Na carta, Dylan relata vários episódios de abuso e refere que um juiz retirou a Woody Allen o poder parental de forma a protegê-la e, ainda, que apesar de ter causa provável para abrir um inquérito judicial sobre a conduta do realizador, não o terá feito para não a expor em criança a mais uma violência.

No ano de 1993, Woody Allen foi investigado durante meses à procura de evidências deste abuso, mas os especialistas do Hospital de Yale-New Haven não encontraram nenhum vestígio sexual. Veja na galeria em cima as alegações de Dylan Farrow.

Recorde-se que Woody Allen e Mia Farrow entraram num processo litigioso pela custódia do filho biológico de ambos, em 1993, depois de se ter descoberto que o realizador mantinha uma relação amorosa com Soon Yi Previn, que tinha sido adotada por Mia Farrow.

Campanha #MeToo eleita Personalidade do Ano pela Time